AIG e Prudential divulgam lucro no terceiro trimestre

A AIG anunciou que seu conselho autorizou um programa de recompra de ações adicional de US$ 3 bilhões e também o balanço financeiro. O lucro líquido no terceiro trimestre foi de US$ 462 milhões, comparado com uma perda líquida de US$ 231 milhões em mesmo período do ano anterior. O ROE ficou em 2,1%m bem abaixo da média de 15% das seguradoras. O lucro considera perdas de US$ 526 milhões com a libra esterlina registradas desde o anúncio da saída do Reino Unido da União Europeia, conhecido como Brexit, em junho deste ano.

O volume de vendas de seguros comerciais declinou 17% no terceiro trimestre de 2016 comparado com o mesmo período do ano passado, para US$ 4,3 bilhões. O índice combinado, que mede a eficiência operacional de uma seguradora (quanto mais abaixo de 100 melhor), piorou três pontos percentuais, subindo para 105,3% nos trimestres comparados. Isso significa que a seguradora teve gastos maiores do que receitas de prêmios.

Em agosto, a AIG vendeu sua unidade de hipotecas de garantia para o Arch Capital Group Ltd por cerca de US$ 3,4 bilhões. No mês passado, vendeu o sindicato do Lloyd’s of London o Ascot, para o Canada Pension Plan Investment Board em um negócio avaliado em cerca de US $ 1,1 bilhão.

Em outubro, o grupo anunciou acordo para vender para a canadense Fairfax Financial Holdings alguns negócios na América Latina e também da Europa Central e Oriental por cerca de US$ 240 milhões em dinheiro, com exceção do Brasil, que passou por uma reestruturação e tem nova modelagem para iniciar 2017.

Em outubro, o Cade autorizou a venda para a Porto Seguro da carteira de seguro de carro que a AIG iniciou há três anos, e que contava com cerca de 25 mil apólices. O grupo segue focado na venda de seguros para pequenas e médias empresas, responsabilidade civil, aeronáutico, seguro ambiental, linhas financeiras, transportes, patrimonial, garantia e crédito. A AIG também continua com todos os produtos para clientes multinacionais e os seguros de garantia estendida e viagem. Também investiu na plataforma digital, na qual os corretores fazem cotações de maneira rápida e simplificada, acompanhando o status das transações e emitindo as apólices em tempo real, tudo 100% online, além de poder buscar informações sobre produtos e treinamentos.

Prudential – A Prudential Financial, Inc. (NYSE: PRU) divulgou nesta quarta-feira os resultados do terceiro trimestre de 2016. O lucro líquido chegou a US$ 1,7 bilhão, acima dos US $ 1,4 bilhão do terceiro trimestre do ano passado. O lucro operacional ajustado após impostos foi de US$ 1,1 bilhão. No acumulado do ano até setembro, o lucro líquido foi de US$ 4 bilhões, abaixo dos US$ 4,9 bilhões nos primeiros nove meses de 2015. O lucro operacional foi de US$ 3 bilhões de julho a setembro, abaixo dos US$ 3,7 bilhões do mesmo período anterior. John Strangfeld, chairman e CEO, destacou que os resultados seguem sólidos, incluindo o crescimento de vendas constante nas subsidiárias fora dos EUA.

O grupo tem investido em parcerias e compras no Brasil. Nesta semana, o CADE aprovou a venda da carteira de vida em grupo do Itaú para a Prudential, envolvendo prêmios líquidos de cerca de R$ 465 milhões em 2015 e mais de 1,9 milhão de vidas seguradas.O valor não foi revelado. Também no mês passado, a Prudential do Brasil anunciou dois novos parceiros comerciais, o Ouroinvest e a Guide Investimentos, que passam a comercializar os produtos de seguro de vida individual da seguradora.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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