A Porto Seguro divulgou hoje lucro líquido de R$ 205 milhões no terceiro trimestre deste ano, correspondendo a um decréscimo de 2% em relação ao mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, o lucro líquido atingiu R$ 620 milhões, redução de 13% comparado ao mesmo período anterior. O ROAE atingiu 13,5% no 3T16 e 13,9% no 9M16. Entretanto, informa o comunicado do grupo, no 3T15 houve um ganho não recorrente2 no valor líquido de R$ 28 milhões. Desconsiderando esse efeito, o lucro do trimestre aumentaria em 13% e lucro acumulado do ano seria 10% menor.
Na operação de seguros, os prêmios auferidos aumentaram 5% no 3T16 e 6% no 9M16. O seguro de auto consolidado das três marcas cresceu 3% no trimestre, enquanto o mercado recuou 3% entre julho e agosto. O número de veículos segurados atingiu 5,6 milhões (+8%) e o número de vidas no seguro de pessoas e odontológico evoluíram em mais de 7% nos últimos 12 meses. O índice combinado piorou, atingindo 97,9% (+1,6 p.p.) no 3T16 e 99,0% (+2,7 p.p.) no 9M16, explicado pelo aumento da sinistralidade.
No trimestre, os sinistros foram pressionados pelo aumento dos roubos de veículos e pela base de comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o resultado foi melhor em relação à média histórica. Além disso, a elevação da frequência de utilização do seguro saúde também impactou a sinistralidade. Por outro lado, o índice de despesas administrativas de seguros recuou em 1,1 ponto percentual, sendo que os gastos nominais decresceram 3% no trimestre e cresceram menos de 1% no ano, resultado da melhora na eficiência operacional.
As receitas das empresas financeiras e de serviços cresceram 11% no trimestre, associadas ao aumento das vendas do produto de telefonia móvel (Conecta) e dos produtos de cartão de crédito e financiamento, que retomaram o crescimento com aumento da lucratividade. O indicador de inadimplência (maior de 90 dias) da carteira permaneceu aproximadamente 2 pontos percentuais menor em relação a média de mercado. No ano, o crescimento dos negócios não seguros foi de 5%.
Ainda de acordo com o comunicado, o resultado financeiro apresentou um aumento de 35% no trimestre, favorecido por um melhor desempenho das aplicações financeiras, principalmente decorrentes das alocações em renda variável e também devido a base de comparação com o 3T15, quando o retorno apresentado foi abaixo do CDI. A rentabilidade trimestral da carteira (ex previdência) foi de 3,5% (100% do CDI) e de 11,4% (109% do CDI) nos nove primeiros meses do ano.