Autoregulação dos corretores de seguros avança com Ibracor

13082552_1042704282444874_428384502487625985_nO consultor Francisco Galiza apresentou o estudo sobre a autoregulação dos corretores de seguros, já disponível no portal da Fenacor. Segundo ele, com a criação da Ibracor, não existe mais a exclusividade da Susep na fiscalização dos corretores. Pelas circunstâncias atuais, a Ibracor deverá operar dentro do modelo de adesão voluntária. “Saber se essa é a mlehor escolha gera uma boa discussão, sobretudo juridical, economica e administrativa”, disse. Mesmo reconhecendo a lógica juridica para a escolha, há dois problemas econômicos: a grande quantidade de corretores e a opção por participar voluntariamente na autoreguladora. Vale lembrar que os corretores tem participação de quase 50% nos sindicatos estaduais. Concluindo, Galiza afirmou que o Brasil está no caminho de modernizer a fiscalização dos corretores e não haverá retorno no futuro. “Assim , aqui acreditamos que a participação dos profissionais não deve ser desprezada nessa trajetória”.

Alexandre Camillo, vice-presidente da Fenacor e presidente do Sincor-SP, abordou as prioridades, do ponto de vista do corretor, da regulação e supervisão dos intermediários, em sua fala no painel Os Princípios Básicos de Seguros e Autorregulação na Intermediação de Seguros, na ‪Copaprose‬. “O mercado de seguros demostra crescimento inequívoco, dizia o nosso amigo falecido Marco Antonio Rossi. Ele dizia que havia tristeza, pois crescemos mas não evoluímos. O que de fato precisamos neste momento, neste ciclo novo, é promover o crescimento, mas que venha de mãos dadas com a evolução. Isso passa por iniciativas de todos nos. A regulação como está não se traduz no que esperamos. Aqueles que queiram participar, participarão. Mas lembro que o tempo é implacável e não nos permite gastar nossa energia em algo que será estéril. Apelo para conduzir a autoreguladora de forma eficaz”. Camillo ressaltou que o Ibracor representa todos os sindicatos de todo o Brasil. “Estamos todos juntos lutando pela contribuição do Ibracor. Estamos arregaçando as mangas e dando a nossa contribuição. A única forma de se prever o futuro é construi-lo. Entendo que temos competência para construir o futuro que queremos para o mercado segurador. Só é preciso ter atitude”, finalizou.

Paulo dos Santos, presidente do Instituto Brasileiro de Autorregulação do Mercado de Corretagem de Seguros, de Resseguros, de Capitalização e de Previdência Complementar Aberta, explica a plateia as principais atribuições do Ibracor. A principal função da autorreguladora é assessorar a Susep na regulação e fiscalização do mercado de corretagem de seguros. “A Susep não tem estrutura para fiscalizar todos os cerca de 80 mil corretores de seguros que atuam no mercado brasileiro. A autorreguladora não existe para multar ou penalizar o corretor, mas fiscalizar e orientar. Uma medida mais severa somente será tomada em caso de atitude condenável ou que manche a imagem da categoria”, afirma. Entre os desafios, ser responsável pela promoção de boas práticas e pela autoregulação, conseguir associados (ter um selo de qualidade é um dos argumentos, bem como a adesão ao código de ética).

Helena Venceslau, Diretora de Fiscalização da Susep, aborda medidas que podem auxiliar na autoregulação e construir um mercado melhor para todos em sua palestra. Ela agradece que o Ibracor venha a ajudar a sua função. “Vai me ajudar, pois vocês não sabem como tenho trabalhado”, brincou. Isso porque entre as vantagens da autoregulamentação dos corretores geraria uma redução dos processos que chegam à Susep. Também entre as vantagens da autoregulação está a maior capilaridade de fiscalização do poder público, bem como a possibilidade de construção de um ambiente regulatório estatal mais focado em estratégias de supervisão e controles mais eficientes, sem que seja eliminada a possibilidade do estado intervir quando necessário. Uma das formas da Susep ajudar a viabilizar o Ibracor é incentivar corretores a se associados e contribuir. “O convênio do Ibracor com a Susep ainda depende de pontos políticos, mas vamos chegar lá”, diz Helena, ressaltando que é preciso estimular a educação continuada, independente de qualquer outra definição.

Sem estar no programa, ele pediu a palavra. “Como político, tenho de falar sobre esse assunto”, disse Armando Vergílio, presidente da Fenacor e ex-deputado federal. “Os sindicatos têm de ser mantenedores do Ibracor, até que o Instituto conquiste a sua independência financeira.

Segue o link do estudo de Francisco Galiza sobre autoregulação: http://www.ratingdeseguros.com.br/…/autorregulacaocorretora…

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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