Seguro de crédito ajuda a minimizar prejuízos gerados pela inadimplência

magno AonRelease

No atual panorama econômico, com crescimento da inflação, aumento nas taxas de juros, disparada do dólar e alta do desemprego, o consumo vem caindo e as empresas têm dificuldade para equilibrar seus caixas, chegando ao ponto de recorrer a medidas extremas para continuar em operação. Segundo levantamento da consultoria e corretora de seguros Aon, isso vem ocorrendo com mais intensidade: de janeiro a outubro, o número de recuperações judiciais subiu cerca de 40% em relação ao mesmo período de 2014. Os números de mercado relativos aos estabelecimentos devedores também chamam atenção, pois atualmente são quatro milhões de empresas inadimplentes, ou seja, quase a metade das que estão em operação no País, que totalizam 7,9 milhões.

Para Magno Guimarães, gerente de produtos financeiros da Aon, esses dados refletem não somente o momento da crise pelo qual passa o país, mas também a falta de preparo das empresas para manter a competitividade e evitar grandes perdas. “É preciso fazer um planejamento de longo prazo e é justamente nesse ponto que entra o seguro, pois além de garantir o recebimento de vendas futuras, ele possibilita às empresas fazer melhor a utilização de seu capital produtivo melhorando a rentabilidade e competitividade no mercado”, recomenda.

Nesse sentido, a principal cobertura é o seguro de crédito, que é elaborado para evitar perdas em todas as faixas de carteira e transferir o risco para o mercado segurador. “Ao garantir o recebimento de vendas futuras, as empresas podem planejar melhor a utilização de seu capital produtivo”, explica Magno. Outros benefícios para as empresas com essa modalidade são o acesso a um capital mais barato, redução de custos de cobrança e com agências de informação e melhora nos índices de balanço, entre outros. “O seguro de crédito é uma ferramenta estratégica importante que resulta em aumento de vendas e na melhoria nas práticas de governança corporativa, duas condições fundamentais para atravessar a crise”, comenta o executivo.

Em função da necessidade de proteção, as empresas acionam mais o seguro: a sinistralidade das apólices para os casos de inadimplência no período de junho de 2014 a junho de 2015 foi de R$ 749,9 milhões, o equivalente a 97% dos prêmios contratados no mesmo período para seguros de crédito e de responsabilidade (R$ 764,3 milhões). O que, no entanto, não tem impactado o setor de seguros de forma negativa. “A expectativa é que, mesmo com o aumento da sinistralidade, o mercado se mantenha estável e aberto para a contratação de novas apólices”, complementa Magno Guimarães.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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