O CCS-RJ assina embaixo a proposta de criação do seguro popular de automóvel. A consulta pública realizada pela Susep sobre o assunto foi encerrada nesta segunda-feira, 18 de janeiro, e as expectativas dos corretores de seguros são positivas. O novo produto, que cobrirá danos a veículos com mais de cinco anos de fabricação, possibilitará ainda a utilização de peças usadas para o conserto dos carros segurados. Com isso, o preço do seguro pode cair até 30%, o que aumenta as possibilidades para os corretores fecharem negócio.
Além de colaborar com a Lei do Desmonte, afastando os proprietários da busca por peças em desmanches ilegais, o seguro tem potencial para desestimular uma prática que vem sendo combatida pelo Clube: a proteção veicular. “Tendo um seguro de verdade voltado para seus veículos, os donos de carros mais antigos cairão menos na conversa das associações irregulares, que oferecem coberturas típicas do seguro, mas vendem um produto com outro nome, não regulamentado pela Susep”, aposta o presidente do CCS-RJ, Jayme Torres.
No ano passado, o Clube participou de uma importante reunião com seguradores e integrantes da Associação dos Corretores de Seguros da Baixada Fluminense (ACBF), região marcada pela forte atuação das associações ilegais de proteção veicular, com o objetivo de buscar soluções para o problema. Desde então, o caso foi denunciado junto à Fenacor e a diretoria do CCS-RJ vem acompanhando de perto os esforços para desarticular as empresas irregulares.
De acordo com Jayme Torres, o timing para a criação do seguro popular de automóvel é perfeito, considerando-se também a atual conjuntura econômica do país, que diminuiu o poder aquisitivo da população e afetou severamente a indústria automotiva. “Atualmente, vendem-se menos automóveis novos”, diz o presidente.