Segundo levantamento feito pela Navigant Research, consultoria que fornece análise aprofundada dos mercados globais de tecnologia, o setor de compartilhamento de carros (car sharing) deverá movimentar cerca de US$ 6,2 bilhões em 2020. De olho nessa tendência, a Mapfre Seguros, marca BB e Mapfre, acaba de firmar parceria com o Pegcar, empresa que conecta proprietários de carros a condutores interessados, permitindo locações por hora, dia ou semana. “Temos como objetivo fomentar a cultura de seguros no país. Esse foco demanda a criação de formatos inovadores de seguros que estimulam a economia compartilhada”, afirma Jabis Alexandre, diretor de Automóvel e Massificados do da BB e Mapfre.
Com esta união, os usuários terão mais conforto ao utilizar a plataforma, já que a seguradora cobrirá qualquer eventual dano no automóvel ocasionado durante o tempo de locação. A apólice cobrirá 100% da tabela FIPE e engloba colisão, incêndio, roubo, furto, assistência 24h e responsabilidade civil. O valor da franquia varia de acordo com o automóvel, tendo limite máximo de R$ 3 mil.
Compatível ao modelo de compra da empresa, o contrato conta com vigência temporária, do momento da entrega das chaves até a sua devolução, fazendo com que o seguro automóvel do proprietário não seja afetado.
Para compor a frota segurada da plataforma, o veículo deve ter até dez anos de uso e possuir uma quilometragem inferior a cem mil km. “A formalização deste acordo é um grande marco para o compartilhamento de carros entre pessoas no Brasil”, afirma Conrado Ramires, co-fundador do Pegcar.
O Pegcar possui, em sua base, carros com diversas características e valores para quem necessita de um veículo para trabalho, viagens ou um mero passeio. Ao mesmo tempo, proporciona uma renda extra para o proprietário do automóvel, que muitas vezes vê seu carro parado 22 horas do dia, em média.
O projeto tem expectativa de atingir 1 mil carros em seis meses de operação, segundo o Pegcar. O objetivo é iniciar no mercado paulista e depois expandir para todo o Brasil dentro de um cronograma estipulado.
Uma pesquisa da Market Analysis realizada em fevereiro de 2015, revelou que um em cada cinco brasileiros já ouviu falar ou leu alguma coisa a respeito do consumo colaborativo ou compartilhado (20%), proporção que dobra entre as pessoas no topo da pirâmide socioeconômica e de alta escolaridade (42% na classe A).
Do total de familiarizados com o conceito, mais de um terço (36%) praticam alguma forma de consumo colaborativo nos últimos 12 meses, o que totaliza uma incidência líquida de 7% entre a população geral. A troca ou venda de produtos usados é a prática mais comum (73%), seguida pelo aluguel ou empréstimo de bens (15%), aluguel de carro (13%), contratação coletiva de serviços (12%) e engajamento em hospedagem solidária ou paga (8%).