O governo não coloca o mercado segurador na sua agenda, afirma o ex-deputado Armando Vergílio em seu discurso na abertura da 7a. Conseguro. Estava prevista a presença do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e do Ministro da Saúde, Arthur Chioro, que não puderam comparecer diante da realidade dura que vive o Brasil com anúncios diários na busca de uma solução para evitar que outras agências sigam a Standard & Poor’s e também retirem o selo de bom pagador do país e suas consequências nefastas para toda a sociedade.
“Só aumentar impostos não vai resolver o problema do Brasil, que assusta a sociedade”, disse ele, referindo-se ao pacote de medidas fiscais no valor de R$ 64,9 bilhões anunciados ontem com o objetivo de garantir um superávit primário em 2016 Dentro desse pacote, o governo sugere a volta da CPMF com expectativa de arrecadação de R$ 32 bilhões no próximo ano. “O mercado segurador poderia contribuir muito mais, porém isso não ocorre como deveria. Nossa sugestão é que o setor seja incluído numa agenda positiva do governo”.
Apesar desse tratamento que mostra certa indiferença do governo com o setor, os indicadores mostram crescimento de dois dígitos na última década, muito acima da evolução da evolução do PIB. “Isso ocorre porque a sociedade se conscientiza dos benefícios dos produtos ofertados pelo setor, graças ao empenho dos corretores de seguros, que disseminam que o seguro é vital para proteger empresas, governos e indivíduos de eventos aleatórios que podem causar perdas significativas”, enfatiza Armando Vergílio.
O também presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros., afirma que “vivemos uma crise econômica grave que não será resolvida no curto prazo. “Já perdemos 2015, 2016 e possivelmente 2017. Se não buscarmos soluções rapidamente, poderemos perder uma década ou mais”. “Não estou aqui batendo no governo. Confio no ministro Joaquim Levy e sei que todos buscam fazer o melhor. Me refiro a uma miopia paradoxal”, enfatiza.
“Todos precisam fazer a sua parte com muita seriedade e o governo precisa dialogar mais e ver o mercado segurador com outros olhos. Com bom senso e desprendimento das pessoas podemos sair dessa crise muito melhor do que entramos, com propostas efetivas e que visam benefícios a todos”, chamando a atenção para o VGBL Saúde, que foi aprovado pela Câmara e agora está no Senado. “Esse é um projeto do bem, pois todos ganham: a população que acumula reserva de longo prazo, o governo que desafoga o sistema público, as seguradoras, os corretores”, afirma.