Apenas 13,3% das residências têm seguro

Fonte: Hoje em Dia

Estudo feito pela Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg) divulgado nesta terça-feira, mostra que apenas 13,3% de um total de 68 milhões de residências no Brasil possuem seguro. O indicador, que representa um volume de 9,1 milhões de apólices que somam R$ 2,2 bilhões em faturamento (prêmios), reforça, segundo Neival Freitas, diretor executivo técnico da entidade, o potencial que este segmento tem para crescer no país.

O estudo, conforme ele, faz parte de uma ofensiva da Federação, que inclui levar mais informações ao mercado e aos consumidores, para impulsionar o crescimento do seguro residencial no Brasil que apesar de ter valor inferior ao de automóveis é menos contratado.

Para este ano, porém, ele prevê crescimento de apenas um dígito como reflexo da crise que o país atravessa. “Estamos preparando o terreno. 2015 é um ano difícil, de crise. O ano que vem esperamos ter um crescimento mais significativo do seguro residencial e, dependendo do comportamento da economia, podemos alcançar expansão de dois dígitos”, disse ele, em entrevista à reportagem.

A região que possui maior número de casas seguradas em relação à quantidade total de domicílios é, de acordo com a FenSeg, a região Sudeste. O índice de penetração é de 20,5%, com 6,1 milhões de residências protegidas por uma apólice de um total de 30 milhões de moradias. Com isso, possui também a maior representatividade nacional, respondendo por 9,9% das casas seguradas no país.

No Sul, segunda região com mais residências protegidas em relação à quantidade total de domicílios, o índice de penetração chega a 16,6% com 1,7 milhão de casas protegidas por uma apólice. Com isso, representa 2,5% da base nacional. Os números do Sul, segundo Freitas, tem razão cultural à medida que os índices de educação na região são mais elevados.

Outras regiões

Centro-Oeste tem penetração de 10,4%, sendo que os menores indicadores foram vistos nas regiões Norte e Nordeste. É de 3,07% e 3,46%, respectivamente.

Enquanto no Centro-Oeste há 557 mil apólices de seguros residenciais, no Norte há 155 mil e no Nordeste 632 mil. O total de domicílios nessas regiões é de 5 milhões nas duas primeiras (em cada) e 18 milhões na última. O diretor da FenSeg explica que muitas vezes o consumidor não faz seguro para a sua casa por falta de informação.

Enquanto o custo de uma apólice para um veículo equivale, pelo menos, de 3% a 5% do valor do carro, para residência, é de 0,6% a 0,9% do preço do imóvel. Seu preço médio é de cerca de R$ 250,00. Além disso, pesa o fato de o produto ter menos apelo que outras proteções como seguro saúde e previdência privada.

Na análise por Estado, conforme a FenSeg, São Paulo é destaque com mais de R$ 1 bilhão em faturamento de seguro residencial. Além dele, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão entre os Estados com prêmios que ultrapassam a casa dos R$ 100 milhões. Na lanterna, estão Amapá, Acre e Roraima que, segundo a FenSeg, possuem pouco mais de R$ 1 milhão cada.

Para realizar o estudo, a FenSeg considerou números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados da Pnad e projeções para domicílios em 2014 e prêmios de seguros divulgados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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