Nota no portal da Cnseg informa que a receita de prêmios diretos gerados pelo mercado segurador brasileiro ultrapassou os R$ 47,5 bilhões, de janeiro a junho deste ano, representando um crescimento de 4,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com números divulgados pela Susep, junho foi, até agora, o melhor mês do ano para as seguradoras, com a receita global atingindo a cifra de R$ 8,5 bilhões, valor 7,6% maior que a apurada em maio e 9,3% superior ao montante registrado no mesmo mês, no ano passado. Já as despesas comerciais, que englobam, principalmente, as comissões pagas aos corretores, atingiram a marca de R$ 10,4 bilhões no acumulado de janeiro a junho. Em comparação ao primeiro semestre do ano passado, o crescimento foi de 12,9%.
O Jornal do Commercio acrescenta que os números não incluem o VGBL, o seguro-saúde e a previdência complementar aberta. O VGBL cresceu 30,5% em seis meses e, se incluso na conta, alavanca o avanço do mercado para 15,5%, ao acrescentar R$ 42 bilhões (46,6% mais) ao faturamento total do semestre.
Dados da Susep mostram que as vendas de importantes modalidades de seguros perderam fôlego no primeiro semestre do ano. No conjunto, houve contração de 2% nos produtos do segmento patrimonial, de R$ 6,123 bilhões, até junho de 2014, para R$ 5,999 bilhões, no acumulado até junho último. Na área empresarial da área de property, os pacotes multirriscos não conseguiram alcançar a casa de R$ 1 bilhão, situandose na faixa de R$ 970 milhões, com ligeira elevação de 0,5%. Os riscos operacionais, por sua vez, subiram magro 1,7%, acomodando-se em R$ 1,128 bilhão.
Os riscos de engenharia (construção), ao contrário, foram um dos poucos produtos que ainda conseguiu seguir à frente no primeiro semestre: 8,5%, para R$ 299,5 milhões. Na área da pessoa física, o seguro residencial evoluiu magro 1,2%, ao alcançar R$ 1,109 bilhão. Já a garantia estendida, ligada ao consumo de bens, despencou 20,6%. As vendas, aqui, retrocederam de R$ 1,701 bilhão, em junho de 2014, para R$ 1,351 bilhão, em junho deste ano, descreve o Jornal do Commercio.
A carteira de seguros voltada para esse segmento deixou a desejar, mas ainda assim cresceu 5,5% na primeira metade do ano, ante janeiro a junho de 2014.0 faturamento foi aR$ 15,673 bilhões, englobando as coberturas de casco, responsabilidade civil facultativa (RCFV), acidentes pessoais de passageiros (APP) e assistências. Nesta última, aliás, o setor tem conseguido bom reforço de receita. No período, o produto avançou 14,3%, e rompeu a barreira de R$1 bilhão.
Em transportes tímido crescimento de 3,1%, com captação de R$ 1,346 bilhão. A proteção às mercadorias em circulação no País despencou 16,1%. O resultado só não foi pior devido ao incremento de 11,7% no seguro de importação e exportação e de 11,5%, no de responsabilidade civil do transportador rodoviário.
No ramo Pessoas, apesar da renda em queda e o desemprego em alta, o segmento apresentou expansão de 9,4%, aos R$ 14,480 bilhões. O principal produto da carteira, o seguro de vida, deu salto de 12,5% e o prestamista, de 8,8%, enquanto o dotal misto pulou 22,1%. A apólice de acidentes pessoais foi a exceção, ao recuar 2,3%.