Setor avança 4,6% no primeiro semestre, para R$ 47,5 bi

© Copyright 2012 CorbisCorporationNota no portal da Cnseg informa que a receita de prêmios diretos gerados pelo mercado segurador brasileiro ultrapassou os R$ 47,5 bilhões, de janeiro a junho deste ano, representando um crescimento de 4,6% em comparação ao mesmo período do ano passado. De acordo com números divulgados pela Susep, junho foi, até agora, o melhor mês do ano para as seguradoras, com a receita global atingindo a cifra de R$ 8,5 bilhões, valor 7,6% maior que a apurada em maio e 9,3% superior ao montante registrado no mesmo mês, no ano passado. Já as despesas comerciais, que englobam, principalmente, as comissões pagas aos corretores, atingiram a marca de R$ 10,4 bilhões no acumulado de janeiro a junho. Em comparação ao primeiro semestre do ano passado, o crescimento foi de 12,9%.

O Jornal do Commercio acrescenta que os números não incluem o VGBL, o seguro-saúde e a previdência complementar aberta. O VGBL cresceu 30,5% em seis meses e, se incluso na conta, alavanca o avanço do mercado para 15,5%, ao acrescentar R$ 42 bilhões (46,6% mais) ao faturamento total do semestre.

Dados da Susep mostram que as vendas de importantes modalidades de seguros perderam fôlego no primeiro semestre do ano. No conjunto, houve contração de 2% nos produtos do segmento patrimonial, de R$ 6,123 bilhões, até junho de 2014, para R$ 5,999 bilhões, no acumulado até junho último. Na área empresarial da área de property, os pacotes multirriscos não conseguiram alcançar a casa de R$ 1 bilhão, situandose na faixa de R$ 970 milhões, com ligeira elevação de 0,5%. Os riscos operacionais, por sua vez, subiram magro 1,7%, acomodando-se em R$ 1,128 bilhão.

Os riscos de engenharia (construção), ao contrário, foram um dos poucos produtos que ainda conseguiu seguir à frente no primeiro semestre: 8,5%, para R$ 299,5 milhões. Na área da pessoa física, o seguro residencial evoluiu magro 1,2%, ao alcançar R$ 1,109 bilhão. Já a garantia estendida, ligada ao consumo de bens, despencou 20,6%. As vendas, aqui, retrocederam de R$ 1,701 bilhão, em junho de 2014, para R$ 1,351 bilhão, em junho deste ano, descreve o Jornal do Commercio.

A carteira de seguros voltada para esse segmento deixou a desejar, mas ainda assim cresceu 5,5% na primeira metade do ano, ante janeiro a junho de 2014.0 faturamento foi aR$ 15,673 bilhões, englobando as coberturas de casco, responsabilidade civil facultativa (RCFV), acidentes pessoais de passageiros (APP) e assistências. Nesta última, aliás, o setor tem conseguido bom reforço de receita. No período, o produto avançou 14,3%, e rompeu a barreira de R$1 bilhão.

Em transportes tímido crescimento de 3,1%, com captação de R$ 1,346 bilhão. A proteção às mercadorias em circulação no País despencou 16,1%. O resultado só não foi pior devido ao incremento de 11,7% no seguro de importação e exportação e de 11,5%, no de responsabilidade civil do transportador rodoviário.

No ramo Pessoas, apesar da renda em queda e o desemprego em alta, o segmento apresentou expansão de 9,4%, aos R$ 14,480 bilhões. O principal produto da carteira, o seguro de vida, deu salto de 12,5% e o prestamista, de 8,8%, enquanto o dotal misto pulou 22,1%. A apólice de acidentes pessoais foi a exceção, ao recuar 2,3%.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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