Fonte: Jornal Zero Hora
A Polícia Federal (PF) deflagrou operação que apura um suposto desvio de recursos de duas empresas do mercado de seguros, capitalização e previdência no Estado. Ex-administradores teriam lesado as companhias e são suspeitos de crimes contra o sistema financeiro, gestão fraudulenta, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
Cinco pessoas, quatro empresários e um advogado, foram conduzidas para prestar esclarecimentos na PF ontem e, depois, liberadas. Os nomes não foram divulgados, tampouco o montante desviado.
A PF cumpriu 10 mandados de busca e apreensão, oito em Porto Alegre e dois em Marau, no Norte. Foram apreendidos nove veículos: duas caminhonetes Land Rover, dois veículos Porsche (um modelo Boxster e outro Panamera), um Audi A5, um Lexus S460S blindado, um i30, um Tiguan e um Mini Cooper. A PF pediu à Justiça o bloqueio de contas bancárias e a indisponibilidade de 16 imóveis, em vários Estados.
A investigação se iniciou em meados de 2014, a pedido do Ministério Público Federal. Conforme o delegado Sérgio Busato, da Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros (Delefin), ex-gestores das companhias contratariam empresas, em nome de laranjas, para prestar serviços às seguradoras a preços superfaturados. Depois, a maior parte do dinheiro iria para o bolso dos ex-gestores.
Há suspeitas de duplicidade de contratos, pagamento por serviços não realizados e compra de imóveis acima do preço de mercado. Em um caso, um ex-gestor teria adquirido para uma seguradora imóvel por R$ 20 milhões que valeria R$ 1,7 milhão.
Os nomes dos envolvidos estão sob segredo de Justiça.