André Gregori, do BTG, afirma que setor precisa inovar em transferência de risco e seguros paramétricos

andre gregoriFonte: CQCS

Mais do que desafios e oportunidades, o mercado segurador e ressegurador precisa adotar as inovações que foram trazidas para o 4o. Encontro de Resseguros realizado nos dias 14 e 15 de abril, no Rio de Janeiro, com apoio da CNseg. Para o André Gregori, responsável pelas operações de seguros e de resseguros do grupo BTG Pactual, o principal desafio para o crescimento do setor é trazer produtos novos aos clientes. “O mercado segurador tem de inovar. Mais do que desafio, é preciso ter vontade para colocar esses produtos em prática”, defende.

Ele coordenou três painéis no evento. O primeiro sobre “Transferência de Risco através de Mercado de Capitais”, com palestra e debate de Craig Hupper e Rodrigo Botti, respectivamente. O segundo sobre Resseguro Paramétrico, com palestra de Florian Kummer (Swiss Re) e Rodrigo Protásio (JLT Re Brasil). E o terceiro abordou o Mundo do Resseguro Estruturado – Um Caso de Distribuição de Perda. O último painel abordou o Seguro D&O, modalidade que traz muitos pontos de discussão acerca das coberturas.

“O Brasil precisa de mais inovação do que temos tido. A transferência de riscos é muito usada no mundo todo, mas no Brasil a regulamentação ainda não permite que o mercado segurador transfira riscos para o mercado de capitais”, afirmou. Segundo Gregori, o tema já está na pauta da Susep, que aguarda das empresas interessadas um comprometimento com estudos para viabilizar uma regra adequada ao Brasil e assim poder trazer o mercado de capitais para dentro de seguros e resseguros.

“Os seguros paramétricos são tão importantes como a transferência de riscos para o mercado de capitais e acredito que o mercado segurador brasileiro dará um grande salto em inovação ao ofertar esses produtos para os clientes brasileiros”, afirma.

Para que seguradoras e resseguradoras possam transferir risco de seguros para o mercado de capitais é preciso mudanças na regulação do mercado pelos órgãos reguladores. “As regras da Susep só permitem que o resseguro seja contrato por uma seguradora ou que o ressegurador faça a retrocessão. No mercado mundial a transferência de risco tem um cadeia maior e se estende para o mercado de capitais, ampliando a pulverização do risco para outros segmentos e países”, explica. Segundo ele, a Susep está aberta à inovações, o que facilita o caminho dos executivos envolvidos em aprimorar os produtos e serviços aos clientes brasileiros.

Andre Gregori afirmou que o 4. Encontro de Resseguros foi um sucesso de público. “Temos aqui executivos de empresas destacadas no mundo, o que possibilita a troca de idéias e tornar o evento um motor de arranque de novidades. Cada ano o evento conta com um número maior de participantes e debates que agregam valor ao dia a dia do setor”, finalizou.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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