Brasil pode ter uma seguradora com atuação global, avalia EY

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O Brasil pode ter uma seguradora com atuação global em um espaço de cinco a 10 anos. Essa é a visão de Martin Bradley, sócio global de riscos da EY (antiga Ernst & Young).

Bradley veio ao País na semana passada para falar sobre as mudanças na regulação do setor de seguros na Europa, conhecido como Solvência 2. Para o sócio da EY, o Brasil apresenta um ambiente positivo para que o setor cresça nos próximos anos.

“Nós conversamos com representantes da Susep, e a impressão que tivemos é a de que eles estão bem preparados para conseguir um bom equilíbrio entre regulação e satisfação do cliente, que é o que se busca no mundo inteiro com essas mudanças nas regras”, afirma o executivo da consultoria.

O sócio da divisão de serviços financeiros da EY na América Latina, Pedro Subtil, afirma que as seguradoras brasileiras não devem ter problemas para se adequarem às novas regras. “Na verdade, diferente do que acontece na Europa, não temos um prazo para a implementação do Solvência 2 no Brasil. Mas de qualquer maneira, há sim a intenção de termos regras equivalentes àquelas aplicadas no mercado internacional”.

Na Europa, as seguradoras têm até janeiro de 2016 para se adequarem ao Solvência 2, que é um conjunto de práticas prudenciais a serem adotadas pelas seguradoras europeias para evitar problemas de capital. O prazo anterior venceria esse ano, mas por conta das dificuldades enfrentadas em meio à crise financeira no continente, os reguladores adiaram a implementação das regras.

Segundo Bradley, as grandes seguradoras devem conseguir cumprir o novo prazo sem maiores problemas. “Eu vejo alguns problemas em países específicos, mais ao sul e ao leste da Europa. Talvez pequenas seguradoras também enfrentem dificuldades para cumprir esses prazos. No entanto, acredito que o regulador seja flexível com esses casos”.

Na América Latina, segundo Pedro Subtil, alguns países estão com processos mais adiantados na implementação dessas regras. “O México tem um cronograma definido, o Chile também está em um bom patamar. Não passamos pelos mesmos problemas que os europeus passaram recentemente”, avalia.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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