Fonte: portal da CNseg
A diretora executiva da CNseg, Solange Beatriz Palheiro Mendes, listou as principais ações da entidade em termos de proteção do consumidor e de educação financeira durante a 10ª Conferência Internacional de Microsseguros, realizada semana passada (de 11 a 13), na Cidade do México. Ao participar do painel “O papel das associações de mercado na proteção do consumidor”, a palestrante assinalou que as entidades de seguros de todo o mundo têm desafios comuns, sobretudo após os desdobramentos da crise financeira internacional de 2008, procurando transformar em realidade a sustentabilidade dos mercados, tema que domina o discurso dos órgãos reguladores de seguros em todo o mundo, ao lado de tratamento justo dos segurados.
Antes de compartilhar algumas das ações institucionais da CNseg, Solange Beatriz apresentou um quadro atual da sociedade brasileira e da conjuntura econômica, para demonstrar que a abordagem do seguro à população de baixa renda no País ocorre ao lado de ações de políticas públicas com objetivos semelhantes, algo que, naturalmente, influencia o desenvolvimento do setor.
Ao destacar o ambiente de proteção social do País- seguro desemprego, FGTS, previdência social pública com aposentadoria por invalidez ou tempo de contribuição, seguro para o trabalhador rural e outras medidas assistenciais, e os mais recentes benefícios, como o Bolsa Família, este responsável direto pela drástica redução da miséria extrema, e o “Minha Casa, Minha Vida”, que gerou redução no déficit habitacional – ela assinalou que este contexto diferencia o Brasil de outros países que possuem magapopulações e enfrentam o desafio de ampliar a penetração do seguro, em especial entre as classes de menor renda. Nesse quadro, ela afirma que o seguro (em particular o microsseguro) deve ser compreendido como uma ferramenta complementar ao conjunto de políticas públicas. Este processo também ocorre na área de saúde, tendo em vista que o Brasil é um dos poucos países do mundo a garantir acesso universal e gratuito para toda a população.
Para ela, o Brasil obteve avanços econômicos e sociais nos últimos anos, gerando impactos sensíveis na vida cotidiana da população. “Fomos capazes de passar pela crise financeira internacional sem maiores abalos e observamos um crescimento substancial do salário mínimo, que triplicou entre 2004 e 2014”, lembrou. Das ações de educação financeira ou de proteção ao consumidor, Solange Beatriz citou a participação ativa da CNseg na Semana Nacional de Educação Financeira, uma mobilização dos setores públicos e privados para divulgar procedimentos que ajudem as pessoas a administrar melhor seus recursos financeiros; e, no campo institucional, o diálogo permanente com o órgão regulador do mercado, algo fundamental para um marco regulatório mais equilibrado, como ocorrido no caso da legislação do microsseguro; ou a campanha de esclarecimento do Seguro Garantia Estendida, por exemplo. Todas essas ações destinadas a projetar para a sociedade a imagem de um setor responsável e comprometido com a proteção dos interesses dos consumidores.