O Allianz Parque inaugura uma nova fase do futebol brasileiro, afirma Felipe Gomes, diretor da Allianz

allianz felipe gomesRelease

7 perguntas para Felipe Gomes

O futebol brasileiro está se tornando um negócio grande e cada vez mais profissional, analisa o diretor de Gestão de Mercado e Estratégia da Allianz Seguros, Felipe Gomes. Para ele, a inauguração do Allianz Parque começa uma nova fase do esporte nacional. “Vamos trazer o torcedor de volta para o estádio e apresentar a ele também o melhor espaço para shows da cidade de São Paulo”. Confira a entrevista com o executivo.

1) Por que a Allianz investe em naming rights?

O esporte é uma língua internacional que desperta paixões. É por isso que a Allianz está fortemente envolvida no patrocínio esportivo ao redor do mundo e investe em arenas. Atualmente, o grupo possui seis delas com a sua marca: Allianz Arena, na Alemanha; a Allianz Stadium, na Austrália; Allianz Park, na Inglaterra, e Allianz Riviera, na França. Sendo que o quinto anúncio foi o do Allianz Parque, em São Paulo. O mais recente é o Allianz Stadion, em Viena, na Áustria. Dependendo do mercado e dos objetivos relacionados, naming rights pode cumprir diferentes papéis, ajudando a criar conscientização de marca e reconhecimento, por exemplo.

2) Quais benefícios a empresa tem ao aplicar este modelo no Brasil?

A Allianz só investe em naming rights em mercados estratégicos. O Allianz Parque é o maior investimento da seguradora no Brasil até o momento. Esse novo naming rights faz parte de uma série de outros investimentos que a Allianz Seguros está fazendo no país. Por contrato, a marca Allianz Parque permanecerá por 20 anos, pelo menos, com possibilidade de prorrogar por mais dez. Isso mostra que a companhia encara seus aportes no Brasil como um investimento de longo prazo.

3) Quais os benefícios que Allianz espera ter de aplicar este modelo em São Paulo?

O Brasil é um mercado importante e emergente para a Allianz e São Paulo é o centro econômico. Além disso, a região metropolitana abriga a maior população de corretores e grupos-alvo da Allianz. Portanto, o direito de nomear Allianz Parque não só apoia a construção da marca no Brasil e América do Sul, mas também oferece uma série de oportunidades para atividades de negócios com parceiros e com o público final. Com mais de 50 eventos que serão hospedados no estádio a cada ano, a nomeação dá direito também de criar uma forte ligação com o nosso negócio, nos firmando como líderes em seguro de entretenimento.

4) Por que o estádio do Palmeiras foi o escolhido?

A Allianz estudou várias arenas. O Allianz Parque é um novo modelo de negócios, versátil e imponente. É um projeto arquitetônico ousado e a localização geográfica privilegiada, dentro da cidade, dá excelente visibilidade à marca. O espaço é excelente não apenas para partidas de futebol, mas como também para shows nacionais e internacionais, eventos sociais, religiosos e corporativos. Além disso, o Allianz Parque foi a primeira arena de São Paulo construída dentro dos padrões estipulados pela FIFA 2014.

5) Os corretores serão beneficiados neste novo investimento?

O novo estádio será uma importante ferramenta de relacionamento com o corretor. Poderemos promover eventos internos da Allianz na arena. Vamos usar o centro de convenções e, por contrato, teremos o direito a camarotes e quota de convites para jogos, concertos e eventos. A arena propõe um novo modelo de negócios e o contrato prevê também a realização de eventos da Allianz no anfiteatro e o direito a eventos anuais da AEG fora do Brasil. A Allianz acredita que os eventos oferecidos aos corretores são uma oportunidade de conversar fora do ambiente de trabalho. Também vamos comercializar os seguros ligados a arena, e isso vai gerar uma série de oportunidades comerciais para os nossos parceiros.

6) A Allianz se preocupa com a adesão dos torcedores e dos canais de TV à marca?

A Allianz entende que o futebol brasileiro está quebrando vários paradigmas para se profissionalizar. Nossa marca é uma das pioneiras em nomear um estádio no país. Mas essa é uma tendência que veio para ficar. Não teríamos feito nosso maior investimento em marca no naming rights do estádio, adotando o critério mais democrático que existe que é o da votação, se não acreditássemos que o nome vai fazer parte do dia a dia do brasileiro. Conversas já estão acontecendo com as empresas jornalísticas e várias delas já decidiram apoiar as novas marcas dos estádios.

7) Do que depende o sucesso desta parceria?

Eu diria que esta parceria já é um sucesso pelo próprio potencial. O direito de exploração do nome de arenas esportivas é pouco utilizado no Brasil. A média atual de torcedores por partida de futebol no país é de 15 mil pessoas. Na Alemanha, a maior média de público do futebol europeu, é de 45 mil pessoas, por jogo. Mesmo assim, de acordo com dados da consultoria Crowe Horwarth RCS, a receita dos doze maiores clubes do Brasil teve uma evolução de 128%, em cinco anos. E especialistas apontam que a arrecadação dos clubes brasileiros tem muito ainda a crescer.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS