Associação Internacional de Supervisores de Seguros (IAIS, na sigla em inglês), que reúne reguladores do mercado de seguros de 140 países, anunciou que concluiu a elaboração do primeiro padrão de requerimento de capital global de seguros, que será chamado Requisitos de Capital Básicos (BCR, na sigla em inglês). O normativo determina novas regras para nove seguradoras globais “grandes demais para quebrar”.
A partir de 2015, Allianz, AIG, Metlife e Prudential, Axa, Generali, Aviva e Ping an Insurance Group vão reportar aos reguladores de seus países o índice de capital básico requerido, calculado a partir da divisão do capital total da companhia pelo capital obrigatório, que será definido a partir da aplicação de 15 fatores para diferentes tipos de atividades, como seguro de vida e atividades bancárias. O BCR será determinado a partir do tamanho do grupo financeiro do qual a seguradora faz parte. Mais informações no link – http://www.iaisweb.org
“O crescimento sustentável de longo prazo precisa de investimentos de longo prazo. A indústria de seguros, que têm $ 28,6 trilhões de ativos sob sua gestão em 2012 e investimentos anuais de $ 4,6 trilhões, está bem posicionada para desempenhar um papel destacado. No entanto, para fazer isso, não devemos ser limitados por regulações desnecessárias ou outras condições regulatórias”, afirmou o presidente da Federação Mundial de Associações de Seguros (GFIA, na sigla em inglês), Frank Swedlove, ao comentar sobre o teor da carta enviada pela entidade para a presidência do G-20, destaca a CNseg em nota publicada no portal da Confederação das Seguradoras.
Como uma importante fonte de investimento de longo-prazo, as seguradoras, afirma o documento, podem oferecer apoio significativo para o G-20 no seu objetivo de crescimento coletivo de 2% ao longo dos próximos cinco anos. Mas, para que isso aconteça, alerta, as lideranças políticas devem garantir a vigência de corretas estruturas e corretas regulações.
A necessidade de uma regulamentação adequada e equilibrada, especialmente tendo em conta o aumento significativo do escrutínio regulatório global que as seguradoras passaram a enfrentar é um dos principais pontos da carta e a necessidade de quebrar as barreiras dos mercados é outro. A GFIA afirma estar particularmente desapontada em relação a essa última questão, já que certas jurisdições, incluindo um pequeno número de membros do G-20, introduziram novas medidas restritivas em seus mercados.
Limitações na conduta de resseguro transfronteiriço, restrições aos fluxos de dados transfronteiriços e estorno de contas de pensões privadas são pontos considerados particularmente problemáticos para a Federação Mundial de Associações de Seguros.
“A GFIA pede que o G-20 continue empenhado em abrir mercados e certamente deve se opor a quaisquer medidas que restrinjam novos negócios”, acrescentou o presidente da Federação, que no início do ano já havia se reunido com representantes do G-20, incluindo o Secretário de Estado para o Tesouro, o Governador do Banco da Reserva, o Tesouro australiano, e o Departamento dos Negócios Estrangeiros e Comércio para discutir o importante papel que o setor de seguros pode desempenhar na presidência australiana do G-20, em 2014.