SuperSimples impulsionará o desenvolvimento dos corretores, diz Alexandre Camillo, do Sincor-SP

Alexandre Camillo (selfie com a presidente Dilma postada por ele em sua página no facebook), que tomou posse da presidência do Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado de São Paulo (Sincor-SP), em maio, comemorou, e muito, a conquista da inclusão dos corretores de seguros no SuperSimples. A sanção pela presidente Dilma Rousseff à Lei complementar 147/2014, a partir de janeiro de 2015, permite que as empresas corretoras de seguros com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões poderão ser inseridas no SuperSimples, pleito em pauta há 12 anos. Ao contrário da maioria das categorias, que poderão participar do Simples pagando alíquota de até 22,45% do faturamento anual, os corretores de seguros foram incluídos em uma tabela de alíquotas já existentes, em que o imposto a pagar varia entre 6% e 17,42% da receita. Em entrevista ao Blog Sonho Seguro, ele afirma que a medida é um grande incentivo ao desenvolvimento do segmento.

“O setor de seguros nunca esteve tão pujante. Isso se traduz em novos desafios e oportunidades. Temos pela frente a missão de identificar e viabilizar essas oportunidades a fim de promover o perfeito e efetivo alinhamento do corretor de seguros em toda a cadeia produtiva desse importante mercado”, destacou Camillo.

Quais as perspectivas que se abrem para a categoria a partir dessa aprovação e seus reflexos no mercado de seguros?

Gigantestas. A medida, sem dúvida nenhuma, é um grande incentivo ao desenvolvimento dos corretores de seguros. Além da redução da carga tributária, que influencia diretamente nos resultados das corretoras, a categoria contará com a desburocratização dos processos, facilitando ainda o cumprimento de suas obrigações. Sendo o corretor de seguros o pilar da distribuição de seguros no Brasil, com destaque ao seu empreendedorismo e à eficiência com que faz essa operação, certamente, seu desenvolvimento traduzirá em perspectivas de crescimento para o mercado de seguros como um todo, já que o corretor terá mais oportunidades para promover ações de aproximação com o consumidor, contribuindo em mais ofertas de seguros.

Para qual perfil de corretor o Simples é vantajoso?

Para todos aqueles que obtiverem faturamento anual de até R$ 3,6 milhões, cujo percentual atinge 98% das corretoras de seguros, ou seja, quase a sua totalidade.

Qual a real economia nos custos com pagamento de impostos dos corretores?

Será na ordem de 40%, incluindo nesse indicativo a contribuição previdenciária.

Essa economia poderá se refletir em custo menor para o cliente?

Não. O corretor não precifica os produtos de seguros, faz apenas a intermediação. Portanto, a medida não influenciará na composição dos prêmios pagos pelo consumidor.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS