Seguradoras na AL investirão US$ 9,6 bi até 2016 em TI, revela pesquisa da Celent

© Copyright 2010 CorbisCorporationA Celent (www.celent.com), empresa de pesquisa e assessoria que oferece suporte a instituições financeiras para a formulação de estratégias de negócios e tecnologia, apresentou o relatório intitulado “Investimento em TI em Seguros: uma perspectiva global”, onde revela que o investimento total de TI para seguros na América do Norte, Europa, América Latina e a região Ásia-Pacífico crescerá US$162,1 bilhões durante 2014, com um crescimento continuado de US$176,7 em 2016 (com uma taxa anual de crescimento de 4,4%). Este deslocamento para cima excede as estimativas do ano passado e é o resultado da recuperação cautelosa na economia global.

No relatório “Investimento em TI na indústria seguradora: uma perspectiva global”, a Celent analisa as tendências do investimento em TI na América do Norte, Europa, Ásia-Pacífico e América Latina. O relatório compara e contrasta a direção das tendências do investimento em TI. O crescimento está distribuído nas regiões em vários níveis, observando as maiores taxas de crescimento na América do Norte e Latina.

As instituições financeiras europeias e norte-americanas atualmente representam 74,5% do investimento total das companhias de seguros. Para as companhias da região Ásia-Pacífico representa 18,3%, para a América Latina 4,2% e para a região do Oriente Médio/África/resto do mundo, essa porcentagem representa o remanescente 3%.

“Estamos observando no mundo inteiro um retorno ao crescimento do investimento em TI. A distribuição digital e a aquisição de clientes são os assuntos candentes onde as seguradoras procuram manter baixo o custo do serviço”, afirma Jamie Macgregor, Vice-Presidente Sênior da Celent Seguros e coautor do relatório. “De qualquer maneira, nem todas as regiões estão crescendo com a mesma velocidade. A América e a Ásia estão crescendo muito, mas a opinião para a Europa ainda está inconclusa”.

“Embora o retorno do investimento ainda seja baixo, as seguradoras precisam focar no aumento dos resultados centrais do negócio. Em outras palavras: significa investir em tecnologia para atrair e reter clientes e maximizar o resultado técnico”, acrescenta Karen Monks, Analista da prática de seguros e coautora do relatório.

“As seguradoras da América Latina estão reconhecendo a importância da tecnologia em um negócio que está muito mais impulsado por ela. Isto se reflete em um orçamento muito mais orientado à TI, aumentando a proporção da despesa em mais de 50% durante 2014.”- conclui Juan Mazzini, Analista Sênior da Celent e coautor do relatório.

O investimento total em tecnologia entre as seguradoras da América Latina espera atingir US$9,6 bilhões para fins de 2016, com uma taxa de crescimento anual de 18,5% para o período 2014-2016. Esses números refletem o impacto de investimentos mais altos em tecnologia pelas seguradoras na região, segundo dados enviados ao Blog Sonho Seguro.

As seguradoras de vida investirão US$ 2,63 bilhões em 2014, 39% do investimento total, um aumento de 52,9% com relação a 2013. O investimento se expandirá para US$3,06 bilhões em 2015 e para US$ 3,9 bilhões em 2016, com uma taxa de crescimento anual de 16,2% e 26,6% respectivamente. O investimento em tecnologia nos países da América Latina é muito variável. Por exemplo, o mercado brasileiro representa mais de 60% do total dos prêmios de vida na América Latina. O crescimento do investimento tecnológico do Brasil vai a um ritmo mais importante que o resto da região. Ainda com a variedade dos níveis de investimento, o crescimento geral do investimento em tecnologia para as companhias de seguros é relativamente rápido.

O investimento em tecnologia para 2014 realizado por companhias de seguros gerais representa 61% do total. A Celent espera que as seguradoras de não-vida gastem US$ 4,2 bilhões em 2014, ou cresçam 63,7% após 2013. O investimento destas companhias crescerá até US$ 4,8 bilhões em 2015, e atingirá US$ 5,7 bilhões em 2016 com uma taxa de crescimento anual de 15,7% e 17,9%, respectivamente.

Enquanto o investimento em TI na América Latina como mercado representa só uma fração da despesa da América do Norte ou da Europa, a proporção do investimento é impressionante e tem aumentado nos últimos anos como consequência de um mercado mais competitivo e uma maior necessidade de automatização para gerar eficiência e agilidade, sem deixar de ser compatível com uma regulação mais intensa.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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