Captação líquida do sistema registrou saldo positivo de R$ 3,3 bilhões no período

Release

O mercado de previdência complementar aberta fechou o mês de abril com R$ 6,7 bilhões em novos depósitos, alta de 15,47% em relação ao mês de março, quando foram registrados R$ 5,8 bilhões. Com o desempenho do setor, a carteira de investimentos somou R$ 390,1 bilhões no período.

Em abril, a carteira de investimentos do VGBL passou de R$ 245,4 bilhões (em março) para R$ 254,4 bilhões. Já a carteira do PGBL cresceu de R$ 81 bilhões para R$ 82,8 bilhões, no mesmo período. A carteira dos planos tradicionais, por sua vez, registrou R$ 52,4 bilhões no mês, enquanto que no mês anterior foi R$ 51,6 bilhões.

De acordo com a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), entidade que representa 61 seguradoras e 14 entidades abertas de previdência complementar no país, em abril deste ano a captação líquida (diferença entre arrecadação e resgates) da previdência complementar aberta registrou um saldo positivo de R$ 3,3 bilhões. O balanço da FenaPrevi mostra ainda que o sistema possui atualmente 9.285.863 planos de previdência ativos e 81.926 pessoas usufruindo dos benefícios (aposentadorias complementares, pecúlios, por morte e por invalidez, e pensões, por morte e por invalidez).

Desempenho por plano (Planos Individuais, Empresariais e Menores)

Na análise por modalidade de plano de previdência complementar aberta, os individuais foram o destaque com arrecadação de R$ 5,9 bilhões, 16,34% superior ao mês de março. Os planos empresariais, por sua vez, arrecadaram R$ 695,2 milhões e obtiveram crescimento de 15,86% em relação aos R$ 600,1 milhões registrados em abril. Já os planos para menores registraram aportes de R$ 156,4 milhões, queda de 8,85%.

As provisões – recursos acumulados pelos titulares dos planos do sistema de previdência complementar aberta – apresentaram saldo de R$ 379,2 bilhões no mês de abril. As provisões do VGBL no período passaram de R$ 250,1 bilhões (em março) para R$ 255,1 bilhões. Já os planos PGBL registraram R$ 82,7 bilhões no mês. E os planos tradicionais, por sua vez, fecharam o mês com R$ 40,7 bilhões.

Com relação ao market share, os planos VGBL mantiveram a liderança nas provisões entre os planos de caráter previdenciário, com 71,25% do total, seguidos pelos PGBL, com 23,11% do total de provisões. Os planos tradicionais contaram com 11,38% do total de provisões. Outros produtos – incluindo os FAPI – completam a equação, com 0,15%. O tratamento fiscal

A opção por planos de previdência privada deve considerar e priorizar uma visão de longo prazo, dada a tributação diferenciada para o poupador. No PGBL, modalidade de plano indicada para quem declara o Imposto de Renda (IR) pelo formulário completo, o poupador pode deduzir anualmente da base de cálculo do tributo, o valor total dos aportes efetuados no plano, durante o exercício social, até o limite de 12% da sua renda bruta, reduzindo o imposto a pagar ou, até mesmo, podendo ter direito à restituição. “É o chamado diferimento fiscal, ou seja, o pagamento do IR devido sobre esses recursos, acrescidos dos rendimentos auferidos, é realizado apenas no momento do resgate total ou parcial, ou do recebimento do benefício”, diz Nascimento.

Para usufruir da dedução, o investidor em previdência privada aberta tem de estar contribuindo para a previdência oficial, inclusive no caso do titular, com mais de 16 anos, ser dependente de quem faz a declaração.

Já no VGBL, modalidade de plano indicada para quem declara o Imposto de Renda pelo formulário simplificado, para quem se encontra na faixa de isenção do IR, ou para quem já atingiu o limite de dedução previsto para a previdência complementar aberta (12% da renda bruta), não é possível deduzir da base de cálculo do IR os valores dos aportes realizados ao plano. “No entanto, no momento do resgate ou do recebimento do benefício, o IR incide apenas sobre o valor dos rendimentos auferidos, e não sobre o valor total do resgate ou do benefício recebido, como ocorre no PGBL”, afirma o presidente da entidade.

De acordo com o presidente da FenaPrevi, é importante destacar que, para ambas as modalidades de planos (PGBL e VGBL), não há cobrança do imposto de renda a cada seis meses, sobre os rendimentos obtidos, como ocorre em outras aplicações, à exceção da caderneta de poupança.

Outra característica do PGBL e do VGBL é a possiblidade do poupador optar pelo regime de alíquotas regressivas do imposto de renda, significando, deste modo, que, quanto mais tempo os recursos permanecerem aplicados, menor será a alíquota do Imposto de Renda incidente.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS