AGCS lança boletim sobre os prédios mais altos do mundo

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A Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS), resseguradora escolhida por diversos dos edifícios mais altos do mundo, incluindo o King Tower – prédio com 1 quilômetro de altura que está sendo construído em Jeddah, na Arábia Saudita -, analisa no Boletim de Riscos de Construções Superaltas os desafios de aferir e gerenciar os riscos tão excepcionais que envolvem essas construções.

Com a última geração de prédios atingindo alturas acima de 600 metros, surgem novos desafios para as resseguradoras. O aumento no número de edifícios com alturas cada vez maiores é uma tendência que se acelerou no século XXI com o Burj Khalifa, com 802 metros localizado em Dubai, superou em 302 metros o recordista anterior, o Tapei 101, prédio com 509 metros de Taiwan. Segundo o estudo, em 2020 a altura média dos 20 edifícios mais altos do mundo deverá ser de aproximadamente 600 metros, quase a mesma que duas Torres Eiffel. Essas construções serão possíveis graças a uma combinação de novas tecnologias, materiais de construção inovadores e elementos de design criativo.

Durante todo o século XX, os Estados Unidos foi o pioneiro na construção de arranha-céus. Hoje, a maior parte das construções está localizada na China, Sudeste da Ásia e Oriente Médio. Em Dubai, por exemplo, estão 10 dos 50 prédios mais altos do mundo, enquanto a China possui 30 prédios espalhados em 15 cidades.

“Essa tendência de crescimento no Oriente chegou para ficar, impulsionada pelo rápido crescimento econômico e demográfico da região, além da urbanização, o forte apetite dos investidores por bens imobiliários emblemáticos e os custos trabalhistas mais baixos do que nos mercados ocidentais tradicionais”, explica Ahmet Batmaz, diretor de Consultoria em Riscos Globais de Engenharia da AGCS.

Não há limites?

Os primeiros esboços para o primeiro edifício de 1,6 quilômetros de altura já existem. No entanto, sua construção ainda é improvável para os próximos 20 anos – em grande parte devido à ausência de tecnologia avançada para os elevadores e também o descobrimento de materiais de construção para substituir o aço e o cimento, novas medidas de segurança para os ocupantes e áreas circundantes, evolução nos sistemas de amortecimento para reduzir o impacto negativo do vento ou de atividade sísmica e o próprio o financiamento de tais megaprojetos.

“As bases de um edifício com 300 metros ou mais e de 600 metros ou mais, precisam reforçadas para ser forte o suficiente para resistir a terremotos e outros eventos de catástrofe natural”, diz Clive Valetadeira, consultor de Risco Sênior no AGCS. “Especialmente na fase inicial de construção devem ser consideradas as exposições e riscos potenciais, tais como enchentes, uma vez que as escavações serão de grande porte e podem ficar cheias d’ água.”

Gerir a complexidade única de cada projeto

Os especialistas em risco de engenharia da AGCS destacam que não existem projetos de edifícios que sejam iguais. Estas construções são de alta complexidade e podem envolver até 10 mil trabalhadores e mais de 100 subcontratados. Além disso, os planos estão expostos a uma grande variedade de ameaças como cargas de vento, fogo e escolha de materiais que exijam uma avaliação precisa e individual dos riscos, com base na localização, design e infraestrutura. A disponibilidade e a precisão de dados pode ser um desafio adicional, principalmente nas economias desenvolvidas recentemente.

Assegurar edifícios de US$ 1 bilhão

Todas as fases do projeto de construção podem ser seguradas. Devido ao tamanho extraordinário e valor dos maiores edifícios superando a marca de US$ 1 bilhão, o seguro para um projeto completo é geralmente concedido a um consórcio de resseguro. No caso do próximo prédio mais alto do mundo, Kingdom Tower, a AGCS é a resseguradora líder do projeto, com um valor total segurado de US$ 1,5 bilhão. Resseguradoras como a AGCS também fornecem cobertura após a construção: o produto conhecido como Seguro de Defeitos Inerentes protege os segurados contra danos decorrentes de defeitos de design, materiais ou mão de obra.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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