Com a presidência de Marco Antonio Rossi, a estratégia da entidade, representada por 18 países da América Latina, Estados Unidos e Península Ibérica, é fomentar o debate sobre solvência, microsseguro, apólices de baixo tíquete voltadas para a população de menor renda e práticas de sustentabilidade no setor de seguros. Foram criados para aproximar os debates existentes no mercado de seguros na América Latina e foi aprovada durante a primeira reunião do Conselho de Presidência da Fides, realizada na terça-feira passada.
Os temas dos três grupos estiveram no centro das discussões dos eventos, conforme Rossi. “Tivemos muitos debates relacionados à gestão e no intuito de encontrar melhores práticas no mercado de seguros a serem adotas nos mercados latinos. Queremos colocar a América Latina no posto de liderança no mundo”, diz ele.
Sobre as regras de solvência, que obrigam as seguradoras a terem capital adicional para fazer frente às suas obrigações, ele diz que o Brasil caminha no ritmo adequado e segue em linha com os países desenvolvidos. O País conseguirá, inclusive, cumprir as exigências da regulação até 2016, quando termina o prazo para implementação plena do normativo. Outro tema debatido durante a conferência, de acordo com o presidente da Fides, foi a fraude no seguro.
No Brasil, segundo ele, estima-se que mais de 20% das indenizações pagas nos seguros de Automóvel correspondam a sinistros fraudulentos. O segmento responde por mais da metade das fraudes identificadas, de acordo com Rossi, devido à facilidade e ao fato de ser mais desenvolvido no Brasil. “Esse custo adicional reflete no preço que todos os segurados pagam e pode aumentar o preço médio em 11%”, lembra.