Impasse adia votação do relatório à MP 630/10 sobre elevar para 30% o uso do garantia

lupaFonte: Agência Câmara

Parlamentares avaliam projeto que inclui maior participação do seguro Garantia no Regime Diferenciado de Contratações Públicas

A votação da proposta de elevar a participação do seguro Garantia para até 30% do valor da obra licitada no Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), como prevê o relatório à Medida Provisória 630/10, foi mais uma vez adiada, após impasse ocorrido na sessão desta quarta-feira.

O presidente do colegiado, deputado Eliseu Padilha (PMDB-SP), suspendeu a reunião até a próxima terça-feira (25), na busca de acordo. Desde a última quarta-feira (12), o relatório está na pauta da comissão sem ser votado. Depois das discussões, a senadora Gleisi Hoffmann manteve a possibilidade de o contrato de obra e serviço de engenharia prever um seguro-garantia para execução das obras em casos como o não cumprimento de prazos e custos previstos. O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) queria que o seguro fosse obrigatório.

O valor da garantia fica entre 10% a 30% da contratação. Em caso de uso do seguro, o empenho dos créditos orçamentários poderá ser feito diretamente à empresa seguradora, que assumirá direitos e obrigações da empresa contratada. O texto permite também que o segurador possa terceirizar a execução da obra paralisada, se o órgão contratante concordar. Nas obras com valores acima de R$ 100 milhões, a garantia será obrigatória e de 30% do valor do contrato. O percentual ficará em 10%, caso essas contratações não envolvam alta complexidade técnica, riscos financeiros ou se a apólice inviabilizar a licitação. No primeiro relatório, não havia percentual mínimo para o seguro.[3]

Atualmente, a Lei de Licitações e Contratos (8.666/93) permite a existência de seguro-garantia de até 5% do estabelecido contratualmente ou 10% em obras de grande valor, complexidade e riscos financeiros. Para o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), a ampliação do RDC é um avanço. “O RDC facilita e muito, tanto a contratação e a execução, modernizando e responsabilizando”, disse. De acordo com o parlamentar, a medida vai garantir agilidade na execução de obras, para atender a demanda da população, segundo a Agência Câmara.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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