Fernando Teles, que assumiu a área de seguros do Itaú Unibanco no ano passado e ainda não foi oficialmente apresentado à imprensa, fará um encontro nesta terça-feira, dia 25, no restaurante Cantaloup, às 12 horas, em São Paulo, para falar sobre o posicionamento do banco no mercado segurador e também aproveitará para lançar a nova campanha de marketing. Pena eu não estar na lista de convidados da imprensa. Devo é estar na lista negra sem qualquer motivo justo. Mas compartilharei no blog Sonho Seguro a matéria das jornalistas convidadas.
Desde o ano passado, o maior banco privado do Brasil vem estruturando a área de seguros, deixando claro o interesse do conglomerado pelo bancassurance. Ou seja, venda de seguro no canal bancário atuando como um corretor e não como uma seguradora em alguns nichos. O segmento de carros e residência foi direcionado para uma parceria com a Porto Seguro. A área de grandes riscos está em processo de negociação. Em nota à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no final de janeiro deste ano, o Itaú Unibanco confirmou que pretende vender sua operação de seguros de grandes riscos, conforme vem sendo divulgado pela imprensa desde dezembro último. Está em jogo um volume de contratos estimados em R$ 1,7 bilhão em prêmios de seguros por ano para proteger grandes empresas como clientes. O banco explica que tem interesse em vender o negócio por uma questão de custo de capital. Pelas regras de Basileia 3, que entraram em vigor em 2013, as atividades de seguro passaram a pesar mais sobre o capital dos bancos.
As atividades de seguros, previdência e capitalização foram destaque na divulgação do balanço do banco com os resultados do quarto trimestre e também do ano consolidado de 2013. O retorno recorrente das operações de seguros, previdência e capitalização atingiu 34,5% no quarto trimestre de 2013, considerando-se o lucro líquido em relação ao capital alocado calculado da operação. Segundo o book de resultados distribuído aos acionistas, a rentabilidade da operação de bancassurance e a geração de resultado sem implicação de risco de crédito tornam esse serviço estratégico e cada vez mais relevante na diversificação de receitas.
“Atuamos em mercados selecionados, com foco na rentabilidade. Em 2013, expandimos a oferta de produtos para canais alternativos ao gerente, como canais digitais, ampliando o acesso às opções de contratação, e terminais de caixa e ATM, maximizando o retorno sobre o fluxo de clientes nas agências. Além da rede de agências e dos canais digitais, mantivemos parcerias com varejistas importantes, ampliando nosso mercado de atuação e nossa capilaridade por meio de acordos comerciais como a associação com a Porto Seguro e a recente aprovação pelos órgãos reguladores da aquisição de 99,996% das ações emitidas pela BMG Seguradora”, informa o banco.
Além de todos quererem saber quem será o sócio do Itaú no ramo de grandes riscos, que já teve a XL Capital como parceira no passado, os executivos do setor querem saber o que acontecerá com a parceria do Itaú com o IRB Brasil Re, que detém mais de 50% das market share entre as resseguradoras locais no Brasil. Tem também outra curiosidade: a Garantec, maior empresa de seguro de garantia estendida, ramo que passa por uma reestruturação em razão de novas regras editadas pela Susep, órgão regulador do setor. Será mantida a operação ou terá um novo desenho dentro da estrutura que será anunciada amanhã?
Em outubro do ano passado, o novo diretor de seguros do Itaú Unibanco divulgou o Seguro Vida Global, que segundo ele é o único no mercado que permite a contratação a partir de duas vidas e inclusão de estagiários. O foco são as pequenas e médias empresas clientes do Itaú, que passaram a contar com um produto desenvolvido para atender às demandas de um novo perfil de pequenas e médias empresas em busca de inovação, simplicidade e eficiência para proteger os seus sócios e funcionários.