Grupo Allianz cresce em lucro e faturamento em 2013

allianzRelease

O Grupo Allianz continuou a crescer em 2013. Com base em dados preliminares, as receitas cresceram 4,1% em relação aos €106,4 bilhões do ano anterior, atingindo nova alta recorde de €110,8 bilhões. Excluindo-se os efeitos da taxa de câmbio e da consolidação, o crescimento das receitas totalizou 4,7%. O número total de clientes segurados pela Allianz cresceu em cinco milhões nesse mesmo período, ultrapassando a casa dos 83 milhões de segurados.

O lucro operacional alcançou €10,1 bilhões de euros. Comparado aos €9,3 bilhões de euros registrados em 2012, isso representa um aumento de 7,8%. O rendimento líquido atribuível aos acionistas aumentou 14,6 % em 2013, atingindo €6 bilhões contra os €5,2 bilhões do ano anterior, informa nota enviada ao blog Sonho Seguro. Nos seguros de Property&Casualty (P&C), no Brasil conhecido como seguros gerais, o lucro operacional aumentou, em comparação com o ano anterior, apesar das indenizações maiores pagas aos clientes pela ocorrência de catástrofes naturais. Em Vida e Saúde, os prêmios estatutários cresceram enquanto a volatilidade dos mercados de capital pressionou o lucro operacional. Com um lucro operacional mais elevado, a Gestão Patrimonial seguiu sua trajetória de sucesso, apesar da incerteza em relação à política do Federal Reserve dos EUA, que levou a oscilações nas taxas de juros.

O índice de solvência do conglomerado atingiu 182% no final de 2013, subindo um ponto percentual em relação aos 181% registrados em 1º de janeiro de 2013. O capital próprio dos acionistas que era de €50,084 bilhões no final do ano permaneceu num patamar elevado similar aos €50,388 no início do ano.

O Conselho de Administração irá propor ao Conselho Supervisor da Allianz SE um dividendo de €5,30 por ação, o que representa um acréscimo de 18% comparado ao dividendo de 4,50 por ação em 2012. “Em um ambiente complicado do ponto de vista político e econômico, a Allianz gerou resultados muito bons em 2013, e nós queremos manter esse nível durante este ano também. Portanto, nossa perspectiva de lucro operacional para 2014 é de €10 bilhões, com uma margem de mais ou menos €500 milhões,” declarou Michael Diekmann, CEO da Allianz SE. “O ambiente vai continuar sendo desafiante em 2014, mas o nosso desempenho mostra que estamos bem posicionados com a nossa estratégia focada em três segmentos.”

No segmento de Seguros Gerais (P&C), os prêmios subscritos brutos em 2013 de € 46,6 bilhões ficaram 0,7 % abaixo dos € 46,9 bilhões do ano anterior. O crescimento interno, excluindo a redução decorrente da restruturação da agricultura nos EUA, alcançou 2,5%.

As empresas Allianz na Austrália, França, Alemanha, América Latina e Turquia, assim como os parceiros mundiais da Allianz, registraram um acentuado crescimento nos prêmios em seus respectivos mercados. Houve uma forte demanda por novos produtos, incluindo a cobertura residencial modular “PrivatSchutz”, na Alemanha, e um produto de seguro automotivo na Itália, que tem o apoio da Telemática para levar em conta o comportamento do cliente ao volante.

O lucro operacional nos Seguros Gerais (P&C) subiu para €5,3 bilhões no ano – um acréscimo de 14,2% sobre os €4,6 bilhões em 2012. Esse crescimento deveu-se a um bom resultado na subscrição, apesar das indenizações maiores pagas aos clientes após catástrofes naturais e apesar de um resultado menor dos investimentos.

As catástrofes naturais, especialmente as tempestades na Europa, contribuíram para os 2,9 pontos percentuais do índice de sinistralidade em 2013, comparado à marca de 1,7 pontos no ano anterior. Ainda assim, o índice combinado em 2013 melhorou em 1,9 pontos percentuais, baixando para 94,3% comparado aos 96,2% obtidos em 2012.

”Nós demos apoio imediato a dezenas de milhares de pessoas atingidas por catástrofes naturais, tais como as inundações na Alemanha. Também introduzimos vários novos produtos e aplicativos digitais para ajudar os clientes no mundo atual,” aponta Dieter Wemmer, CFO da Allianz SE. “O resultado confirma o nosso trabalho em anos mais recentes – boa rentabilidade e crescimento em mercados-chave.“

Os prêmios em Vida e Saúde tiveram um crescimento anual de 8,5% em 2013, passando de €52,3 bilhões para €56,8 bilhões. Com os ajustes referentes à taxa cambial e aos efeitos da consolidação, o crescimento interno atingiu 9,1%.

A Itália registrou um forte crescimento, sobretudo devido ao novo produto “Progetto Reddito”, que está vinculado à essa unidade de negócios, e gerou prêmios de €1,3 bilhão. Na Alemanha, os prêmios cresceram, em grande parte devido aos produtos de prêmio único; uma iniciativa nos EUA de venda de anuidades indexadas fixas empurrou para cima as receitas anuais; parcerias de distribuição na França ajudaram a estimular as vendas; na Espanha os prêmios também cresceram em 14%, apesar da retração geral do mercado.

Em 2013, a volatilidade do câmbio e dos juros levou a uma margem de investimento menor. Isso e a restruturação na Coreia do Sul foram as principais razões para o declínio de 8% no lucro operacional que caiu para €2,7 bilhões, em relação aos €2,9 bilhões em 2012. A margem dos novos negócios subiu de 1,8% em 2012 para 2,1%. O valor dos novos negócios aumentou no mesmo período, passando de €790 milhões para €952 milhões.

“As baixas taxas de juros continuarão a nos acompanhar durante algum tempo. Contudo, com os nossos novos produtos e o aumento no valor dos nossos negócios, eu estou otimista em relação às nossas perspectivas,” afirmou Dieter Wemmer. “A Allianz estabelece uma referência com a sua gestão global dos investimentos. Ela nos permite gerar retornos atraentes, através de uma ampla gama de produtos com um mínimo de risco para nossos clientes de seguro de vida no mundo inteiro.”

A volatilidade no mercado de capitais e as flutuações nas taxas de juros durante o segundo semestre de 2013 afetaram o negócio de Gestão Patrimonial. Porém, devido ao bom desempenho do primeiro semestre, as receitas deste segmento tiveram um crescimento total de 5,9%, registrando € 7,1 bilhões em 2013 contra € 6,7 bilhões no ano precedente. Com as devidas correções pelos efeitos da taxa cambial, o crescimento interno bateu em 8,8%. Essa melhora se deveu às taxas de administração e de carregamento majoradas, o que foi mais do que suficiente para compensar os índices de desempenho mais baixos.

O lucro operacional subiu 7% e alcançou €3,2 bilhões no ano, contra €3 bilhões em 2012. A relação custo/rendimento melhorou e chegou a 55,9% em 2013, comparada aos 56,5% do ano anterior. O total de ativos sob gestão atingiu €1,770 trilhão em 31 de dezembro de 2013, ficando 4,4% abaixo do €1,852 trilhão registrado no final de 2012. Os ativos de terceiros sob gestão recuaram nesse mesmo período para €1,361 trilhão de euros contra 1,438 trilhão de euros. A redução de €64 bilhões resultou principalmente dos efeitos cambiais negativos decorrentes do fraco desempenho do dólar americano. Com os ajustes referentes a esses efeitos, a redução totalizou 1 por cento. A Gestão Patrimonial teve a saída líquida de fundos de terceiros da ordem de €12 bilhões em 2013, contra €113,6 bilhões em entradas líquidas no ano anterior.

“Nossa Gestão Patrimonial diversificou ainda mais os seus produtos e a sua base geográfica. Desse modo, ainda que o crescimento dos ativos sob gestão tenha tido uma trégua em 2013, eu estou confiante em relação à robustez contínua desse segmento”, declarou Dieter Wemmer.

Principais destaques de 2013

 Receitas ampliadas em 4,1% e atingem €110,8 bilhões

 Lucro operacional cresce 7,8 % e alcança €10,1 bilhões

 Rendimento líquido atribuível aos acionistas aumenta em 14,6 % e chega aos €6 bilhões  O índice de solvência ficou em 182 %

 O dividendo proposto de 5,30 euros por ação corresponde a um aumento de 18%

 Perspectiva de lucro operacional para 2014: €10 bilhões de euros, com uma margem de mais/menos €500 milhões

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Ouça nosso podcast

ARTIGOS RELACIONADOS