Conforme divulgou o portal do Jornal da Energia no dia 2 de outubro, seguradoras e construtoras da Usina de Jirau desistiram do processo no Brasil na última quinta-feira (26/09). O processo iniciado em janeiro de 2012 tramitava na 6ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo com a previsão de prescrever em novembro deste ano. Isso não interrompe a ação no Tribunal de Arbitragem de Arias, em Londres, a qual ainda será julgada. Todavia, a expectativa é de que o caso caminhe para o mesmo desfecho na Inglaterra e as perdas totais, incluindo atraso na entrega da obra, podem ultrapassar R$ 1 bilhão.
Hoje o Valor informa que seguradoras e resseguradoras concordaram em pagar R$ 100 milhões ao consórcio construtor. A diferença para os R$ 400 milhões pedidos pelos atos de vandalismo causado à usina em 2011 vão ser decididos em Arias. Não está claro, porém, se a lei usada no processo será a brasileira ou a inglesa, informa o Valor. Do contrato de resseguro da apólice participam 20 companhias internacionais, lideradas por Swiss Re, em que também participam as resseguradoras da Allianz e da Zurich. Procurado, o consórcio disse que não comentaria o assunto, assim como a SulAmérica. A Swiss Re disse que não comenta processos em andamento.
A minha curiosidade é: o que aconteceu para o advogado do consórcio Ernesto Tzulrinik deixar essa causa assim? Perdeu ou desistiu?
Segundo fontes, Ernesto ganhou, pois conseguiu ter os R$ 100 milhões para seu cliente, que não receberiam nada até a arbitragem de Londres ser resolvido. “Ele sempre sai vencedor”, comentou um concorrente.