Lucro da Porto Seguro sobe 40% no segundo trimestre, para R$ 190,3 milhões

portoA Porto Seguro divulgou hoje alta de 40% no lucro líquido do segundo trimestre sobre o mesmo período de 2012, para R$ 190,3 milhões, em meio a crescimento de receitas e expansão do mercado de veículos. A companhia teve alta de 17% na receita dos três meses encerrados em junho, para R$ 3,2 bilhões, dos quais R$ 2,7 bilhões são relativos a prêmios de seguros. A área de seguros de automóveis apurou um crescimento de 23,8% nos prêmios auferidos, para R$ 1,8 bilhão, impulsionada por expansão de 45,6% no segmento Azul Seguros, enquanto as operações Porto Seguro avançaram 12,9%. Segundo dados do balanço, a frota segurada das 3 marcas cresceu cerca de 200 mil veículos nos últimos 12 meses, mesmo com práticas mais conservadoras em precificação e aceitação. A marca Azul, que concentra os seguros mais básicos do grupo, ditou o crescimento, com avanço de 17%, para 1,16 milhão de veículos. A marca Porto Seguro foi no sentido oposto, com queda de 0,9%, a 2,02 milhões de veículos. O índice de sinistralidade apresentou boa performance ao recuar 8,5 pontos percentuais, para 54,8%.

Veja abaixo a mensagem que abre o book de resultados:

No segundo trimestre e primeiro semestre do ano alcançamos um satisfatório desempenho operacional que combinou crescimento de prêmios com melhoria das margens. Em particular, no segmento de automóvel, o mercado de seguros manteve-se mais racional, permitindo uma melhor precificação e rentabilidade. Adicionalmente, melhoramos nossa eficiência operacional, atingindo o menor índice de despesas administrativas em 6 anos. Por outro lado, o resultado financeiro ficou pressionado, em função dos fortes movimentos de mercado, sobretudo na renda fixa.

Os prêmios auferidos evoluíram 21% (2T13 x 2T12) e 19% (1S13 x 1S12), devido principalmente ao crescimento de prêmios dos produtos de automóvel. Destacamos o crescimento do produto automóvel das marcas Azul e Itaú, com incremento de prêmios no trimestre de 46% e 32% respectivamente.

O resultado operacional de seguros demonstrado pelo índice combinado atingiu 94,5% no 2T13 e 96,0% no 1S13. No trimestre, o índice combinado decresceu 6,2 p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior. A sinistralidade total reduziu 6,5 p.p., direcionada pela queda na sinistralidade do seguro de automóvel da Azul em 14,6 p.p. (a menor dos últimos 6 anos) e da Itaú em 10,1 p.p. (2T13 x 2T12). O índice de despesas administrativas recuou 1,1 p.p., atingindo o patamar de 15,2%, dando continuidade a nossa estratégia de melhoria da eficiência operacional.

Nos negócios não seguros, as receitas cresceram 47% no trimestre e 42% no semestre, com destaque para as receitas das Operações de Crédito (Cartão de Crédito e Financiamento) que evoluíram 41% no 2T13 e 40% no 1S13. A participação dos outros negócios alcançou 18% do lucro total da empresa no 2T13 e 21% no 1S13.

O resultado financeiro apresentou uma queda de 49% no trimestre (vs. 2T12) em função de um cenário de juros mais baixos (CDI médio 14% menor no 2T13 x 2T12) e de uma menor rentabilidade das aplicações financeiras no trimestre (1,5% em 2013 vs 2,7% em 2012, ex- previdência). Os maiores impactos negativos estão nos papéis atrelados a juros reais e inflação, resultado de uma estratégia de longo prazo. Entretanto, as mudanças nos cenários de médio e longo prazo nos fizeram rever tal alocação, com significativa redução do risco. Assim, o resultado no 2T13 já mostra uma rentabilidade melhor, fruto de uma alocação mais defensiva.

Nesse contexo atingimos um ROAE de 18,2% (+3,7 p.p.) no trimestre e lucro líquido de R$ 193 milhões (aumento de 35% vs. 2T12). No semestre, o ROAE atingiu 14,0% (-0,7 p.p.) e o lucro líquido total da empresa alcançou R$ 301 milhões (+4%).

Entretanto, se isolarmos os efeitos da volatilidade do resultado financeiro (assumindo resultado neutro a 100% do CDI) e os ajustes através dos custos iniciais de contratação (“custo de apólice”), o ROAE do 2T13 seria de 19,7% e o lucro líquido atingiria R$ 212,1 milhões e no 1S13, o ROAE seria de 17,1% e o lucro líquido de R$ 370 milhões.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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