Marco Rossi destaca desafios de sua gestão em encontro no CVG-SP

252204_10200451471064258_54274113_nMatéria extraída do portal da CNseg (www.cnseg.org.br)

Um dos principais desafios da nova diretoria da CNseg é ocupar espaço mais significativo dentro da sociedade brasileira, o que inclui o aprimoramento da comunicação do setor com os Três Poderes. Assim, Marco Antonio Rossi, presidente da CNseg e da Bradesco Seguros, maior grupo segurador do Brasil e da América Latina, iniciou sua palestra no Clube de Vida em Grupo de São Paulo (CVG-SP), realizado em São Paulo, nesta quarta-feira. Esse trabalho, iniciado na gestão anterior, precisa ser aperfeiçoado. “Isso não é fácil”, enfatizou.

Segundo ele, é um trabalho contínuo para mostrar a todos a grandeza do setor. “Como comunicar melhor o nosso setor?”, pergunta ele, para a plateia com mais de 100 executivos do segmento de vida e previdência.

Na sequência, Rossi fez questão de mostrar aos presentes um vídeo com vários dados do setor, que muitas vezes passam despercebidos até mesmo de quem trabalha no setor. Em 2012, por exemplo, o mercado segurador brasileiro registrou produção global de R$ 252 bilho~es. Tal resultado fez a participação do setor na formação da riqueza nacional, que ate´ a década de 90 representava pouco mais de 1% do PIB, alcançar cerca de 6%.

“Mas a verdadeira importância de nosso mercado para a vida econômica e social do País vai muito além desse registro de produção e de índices de crescimento”, disse, acrescentando que, do total arrecadado em 2012, R$ 119 bilhões foram devolvidos a` população e aos agentes econômicos sob a forma de pagamento de indenizações de sinistros, despesas médico-hospitalares, benefícios de natureza previdenciária e resgates de títulos de capitalização.

Outra evidência da relevância do mercado é sua participação estratégica no processo de formac¸a~o de poupanc¸a interna e sua atuac¸a~o como investidor institucional, por apresentar massas crescentes de reservas disponi´veis para financiamento de projetos essenciais ao desenvolvimento do Pais.

Em 2012, o mercado segurador brasileiro acumulou proviso~es te´cnicas superiores a R$ 520 bilho~es. Ale´m disso, a atividade seguradora contabiliza, em seu balanc¸o social, o fato de ser um grande propiciador de oportunidades de trabalho: mais de 100 mil pessoas integram empresas de seguros e corretoras. “Ou seja, sugiro a todos adocicar a limonada, com todos mostrando aos clientes dados positivos do setor”.

Depois de mostrar um pouco mais do que o setor faz, Rossi abordou um pouco dos desafios da nova gestão da CNseg, citando todos os segmentos, como saúde, previdência e vida, seguros gerais e capitalização. “A FenaSaúde tem feito um trabalho abrangente para mostrar o lado da saúde, equilibrando as notícias dos atendimentos feitos com as queixas citadas pela mídia. “Em previdência e vida, temos de criar produtos que atendam a nova realidade trazida pela longevidade e taxas de juros menores. Em automóvel, é preciso viabilizar o seguro popular de automóvel. Em capitalização, também precisamos mostrar como o sorteio pode mudar a vida de alguém”, citou.

“O mundo mudou”, disse. E muito: temos um cenário de taxas de juros diferente, o que instiga as seguradoras a buscarem soluções que garantam a rentabilidade exigida pelo acionista. Ele citou tanto a criatividade dos gestores em reduzir custos, aplicar recursos, bem como aprimorar o diálogo com a Susep, no sentido de flexibilização de regras e modernização de normas, para que o setor continue crescendo a índices chineses.

Outro desafio, cita o presidente da CNseg, é investir e capacitar ainda mais a Escola Nacional de Seguros (Funenseg) para desenvolver novos profissionais para o mercado segurador, bem como aprofundar o conhecimento dos profissionais que já estão consolidados no setor. “Temos de ajudar os corretores para que conheçam mais os produtos, dentro desta linha de transformação que o mercado tem tido”.

Para ele, é um grande desafio estar à frente da CNseg neste momento de transformação. “Tenho a certeza absoluta que temos todas as condições de continuar crescendo no mesmo ritmo dos últimos cinco anos, em todos os ramos de atividades”, disse. Para ele, o mercado está apenas chegando na adolescência e “será preciso ajudar que esse adolescente possa chegar à maturidade com valores que garantam a longevidade. Temos de ter no nosso DNA o compromisso de buscarmos sempre nos aprimorar”, finalizou.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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