Um bate papo sobre seguro garantia

Kelly Lubiato, do Rio de Janeiro

Revista Apólice

No 2º Encontro Internacional de Resseguro, que acontece hoje (03/04) no Rio de Janeiro, José Américo Peón de Sá apresentou o painel que contou com a palestra de Rogério Vergara, diretor executivo do Grupo BB Mapfre, sobre legislação e clausulado no seguro garantia.

Ele fez um “passeio” sobre todas as legislações, começando em 1982, falando sobre a circular 8, que era ‘excelente’. “Toda evolução do seguro garantia foi feita pelo IRB, até o momento da abertura do resseguro, porque este setor precisa ser operado por empresas especializadas: ele não é para amadores”, brincou Vergara.

O mercado de seguros nasceu em 1965 e, até 1995, os prêmios não passavam de R$ 5 milhões. Isso começou a mudar quandoo Brasil assinouo acordo de Basileia. “Não é a lei que determina se o mercado cresce ou não. É um conjunto de fatores que fazem o mercado atender a demanda que é criada”.

Sobre a criação de uma seguradora estatal, Vergara acredita que se ela cumprir o que está escrito, para cobrir a capacidade que o mercado não pode suportar, a atuação dela será positiva. “O mercado brasileiro terá uma resseguradora estatal para suportar as grandes obras públicas”.

O mercado brasileiro de seguro garantia é muito jovem, praticamente um adolescente. “Ele vai errar porque isso faz parte da vida”, analisa Vergara. O volume de sinistros está em R$ 600 milhões para R$ 800 milhões em prêmios.

Quatro portas abrem o mercado de seguro garantia para novos entrantes: a primeira porta se abre diminuindo as taxas e deixando o produto mais barato; a segunda porta se abre ao oferecer uma comissão maior ao corretor; a terceira, ao diminuir o tempo e flexibilizar a subscrição do risco, principalmente, deixando de ler contratos, mas corre-se um risco grande; e a não exigência de contra-garantia no contrato, ou seja, um contrato sem fiador é a quarta porta.

Em 2013 foram editadas várias circulares que vão trazer para as operadoras de seguro garantia uma carga de investimento em colaboradores para analisar todos os pontos exigidos, a menos que elas desenvolvam algum sistema. “Ou seja, o mercado ainda fará sugestão de melhorias, para as novas circulares trazerem uma evolução para o setor”, finalizou o executivo.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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