Dois assuntos tomam conta dos executivos da indústria de seguros mundial. O primeiro deles é em relação aos ataques com explosões durante a Maratona de Boston, a mais tradicional do mundo, ocorrido na segunda-feira. Mais de 100 pessoas ficaram feridas, três morreram e boa parte do comercio local sofreu danos materiais e também perdas financeiras com a interdição do local para investigação.
A demora em declarar que foi um ato de terrorismo tem a ver com o seguro também, assim quando acontece um furacão. Segundo o consultor em gerenciamento de riscos, Gustavo Cunha Mello, existe uma questão econômica antes de se definir se foi terrorismo ou não.
”Se for terrorismo, as seguradoras não pagam nada, cabendo ao governo americano indenizar vitimas, lucros cessantes das empresas e hotéis fechados, através da lei federal de atos terroristas de 2008. Mas se não for ato terrorista, classificado como ação de um psicopata americano, as seguradoras devem abrir os bolsos”, comenta em sua página no Facebook. O mesmo acontece com furacões, que tem um fundo de catástrofe do governo. Já ventos fortes estão incluídos nas principais coberturas de seguro.
Outro assunto do dia é a perda causada pelo Boeing 737, que procedia de Bandung, na vizinha ilha de Java, e que deveria aterrissar no aeroporto internacional de Denpasar às 15h locais (4h de Brasília). O avião ultrapassou a pista por motivos ainda desconhecidos, segundo as agências internacionais, As primeiras imagens do acidente mostram uma fratura na fuselagem à altura das asas do avião, que ficou boiando a cerca de 200 metros do final da pista de aterrissagem. Segundo Mello, o Boeing 737-800 avaliado em US$ 50 milhões, esta segurado na Global Aerospace.
Com certeza, estes temas estarão na ordem do dia do RIMS, que começa no próximo domingo em Los Angeles