Previdência complementar aberta arrecada R$ 6,6 bilhões em janeiro

RELEASE

O mercado de previdência complementar aberta arrecadou R$ 6,6 bilhões em janeiro de 2013. O montante de novos recursos ingressados no sistema é 40,05% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior, quando foram registrados R$ 4,7 bilhões. Com o desempenho da previdência complementar aberta no mês de janeiro, a carteira de investimentos do sistema alcançou o patamar de R$ 343,1 bilhões, alta de 25,28% na comparação com os R$ 273,9 bilhões registrados em janeiro de 2012.

Com o desempenho do setor, a carteira de investimentos do VGBL obteve alta de 31%, passando de R$ 162,8 bilhões para R$ 213,3 bilhões. Já a carteira do PGBL cresceu 13,17%, no período e registrou R$ 75,2 bilhões. Por fim, a carteira dos planos tradicionais passou de R$ 44,3 bilhões para R$ 54 bilhões, alta de 21,73%.

Segundo a FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), que representa 22 seguradoras e 13 entidades abertas de previdência complementar no país, a previdência privada aberta conta atualmente com aproximadamente 12 milhões de contratos ativos e cerca de 95 mil já usufruindo os benefícios (aposentadoria, pecúlio, pensão, renda por invalidez e renda a menores).

Desempenho por produto (Planos Individuais, Menores e Empresariais)

Na análise por produto, os individuais foram o destaque, com arrecadação de R$ 6 bilhões, volume 52,43% superior ao ano anterior. Os planos para menores registraram aportes de R$ 548,9 milhões e os planos empresarias, por sua vez, contabilizaram R$ 147,6 milhões em novos depósitos, baixa de 21,07%.

Desempenho por plano (VGBL e PGBL)

Segundo a FenaPrevi, na avaliação por tipo de plano, a carteira do VGBL, modalidade indicada para quem declara o IR pelo modelo simplificado, foi a que obteve melhor desempenho. A modalidade registrou R$ 5,8 bilhões em novos depósitos (crescimento de 48,76%, frente a janeiro de 2012). Já o PGBL, recomendado para os participantes que declaram o IR pelo formulário completo, registrou depósitos de R$ 586,3 milhões (alta de 2,78%). Por fim, a arrecadação dos planos tradicionais apresentou leve queda de 3,30%, passando de R$ 295,3 bilhões para os atuais 285,5 bilhões.

Ranking das Empresas – Carteira de Investimentos (R$ 343,1 bilhões)

A Bradesco Vida e Previdência liderou o ranking no período com 33,15% do total das reservas; Itaú Vida e Previdência (24,24%%); BrasilPrev Seg. e Previdência (20,15%); Zurich Santander Seg. e Prev. (6,20%); Caixa Vida e Previdência (5,72%); HSBC Vida e Previdência (3,28%); Icatu Seguros (1,98%); Sul América Seg. e Previdência (1,26%); Safra Vida e Prev. (0,86%); Porto Seguro Vida e Prev. (0,76%). As demais entidades somam, no total, 2,39% da Carteira de investimentos.

Provisões – As provisões (recursos acumulados pelos titulares dos planos do sistema de previdência complementar aberta) apresentaram saldo de R$ 329,7 bilhões e alta de 23,61% em janeiro de 2013. No mesmo período do ano anterior, as provisões totalizaram R$ 266,7 bilhões. As provisões do VGBL tiveram o crescimento mais expressivo no período (alta de 30,59%), passando de R$ 163,4 bilhões para R$ 213,3 bilhões.

As provisões dos planos PGBL cresceram 14,07%, no período, passando de R$ 65,9 bilhões para R$ 75,2 bilhões. As reservas de planos tradicionais, por sua vez, passaram de R$ 37,2 bilhões para R$ 40,9 bilhões, no período, alta de 9,97%.

Com relação a market share, os planos VGBL mantiveram a liderança no volume de provisões entre os planos de caráter previdenciário, com 64,72% do total, seguidos pelos PGBL, com 22,81% do volume total de provisões, enquanto os planos tradicionais contaram com 12,41% do volume total de provisões. Outros produtos – incluindo os FAPI – completam a equação, com 0,05%.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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