Conselho Empresarial de Seguros e Resseguros é criado para transformar o RJ no centro de resseguros da AL

Foi criado hoje o Conselho Empresarial de Seguros e Resseguros da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Presidido por Marco Antônio Gonçalves, do grupo Bradesco Seguros, esse foi o primeiro passo para a AGRJ cumprir o seu objetivo de transformar o Rio de Janeiro na capital dos Seguros e Resseguros da América Latina. O evento contou com a participação do ministro-chefe Moreira Franco, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, que falou para mais de 400 convidados.

Segundo divulgou o portal da CNSEG, Moreira Franco disse que cabe ao seguro para manter o acelerado processo de mobilidade social dos últimos 10 anos. “Este grupo demanda mais proteção, porque é mais empreendedor, mais dinâmico e convive de fato com mais riscos produtivos. Portanto, precisa estar protegido dos riscos patrimoniais e pessoais. Mas por falta de educação financeira, ainda não sabe a abrangência do seguro para protegê-lo”, lembrou Moreira Franco, na entrevista coletiva que antecedeu a solenidade de lançamento do conselho empresarial.

Este é o 19º conselho instalado pela centenária e tradicional instituição empresarial fluminense e já nasce como um dos maiores da ACRJ- são 40 membros que aceitaram, entre outros desafios, pensar estratégias para transformar a cidade do Rio de Janeiro na capital de Seguros e de Resseguros da América Latina a médio prazo. A presidência do Conselho Empresarial está a cargo de Marco Antônio Gonçalves, executivo da Bradesco Seguros. “O Rio de Janeiro está apto a ser a capital de seguros e resseguros, porque tem a infraestrutura necessária, profissionais capacitados, e por ser a sede das principais entidades representativas das seguradoras, resseguradoras, corretoras, de alguns dos principais grupos seguradores e resseguradores e da própria Susep”, destacou ele.

O novo conselho também trabalhará em prol do crescimento do mercado no País, incluindo na pauta das discussões o atendimento pleno das demandas dos consumidores de seguros e de resseguros. Para tanto, o grupo reúne as principais lideranças e executivos do mercado, incluindo-se aí o presidente da CNseg, Jorge Hilário Gouvêa Vieira, presidentes das quatro Federações (Paulo Marracini, da FenSeg; Osvaldo Nascimento, da FenaPrevi; Marcio Coriolano, da FenaSaúde; e Marco Barros, da FenaCap), o superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna, e o presidente do IRB, Leonardo Paixão. Participam também diretores executivos das principais entidades do mercado segurador, como Solange Beatriz (CNseg), lideranças dos corretores de seguros, das resseguradoras e das corretoras de resseguros. Edward Lange, presidente da Allianz Seguros, é um dos integrantes do Conselho.

Em sua palestra, o ministro Moreira Franco deixou claro que conta com o mercado de seguros em duas frentes importantes: a primeira, para reduzir as vulnerabilidades da nova classe média; a outra, relacionada à condição de investidor institucional do setor, diz respeito à participação das seguradoras nos investimentos de infraestrutura, em particular na área de saneamento básico, por meio da aplicação de parte de suas provisões técnicas. Segundo o ministro, os títulos para financiar a infraestrutura estão em linha com as necessidades de retorno de médio e longo prazos do mercado segurador.

Segundo consta no site da Bradesco, para o presidente do Conselho, Marcos Gonçalves, a capital carioca preenche os requisitos necessários para o desenvolvimento pleno dessa atividade econômica, podendo ser credenciada com esse título em médio prazo. Últimos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) apontam que no ano passado o mercado de seguros registrou, de janeiro a julho, uma receita de R$ 71,6 bilhões, alta de 23,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Ainda segundo o órgão, a participação do mercado brasileiro de seguros em 2012 foi de 3,5% do PIB, número que pode chegar a 7% em 2015. “Temos infraestrutura e profissionais capacitados para atenderem a demanda de mão de obra exigida pelo mercado.

Outro ponto favorável e atrativo é que aqui estão localizadas as sedes das maiores entidades representativas das seguradoras, resseguradores e corretoras, como a Susep, que normatiza e fiscaliza a atividade no país, além das grandes seguradoras e resseguradores que estabeleceram aqui suas matrizes”.

Gonçalves revela também que o conselho vai trabalhar em prol do crescimento da atividade no país funcionando como encaminhador de temas para entidades representativas do setor. Para ele, o conselho deve congregar novas ideias e sugestões para enriquecer debates sobre temas que possibilitem o crescimento e a maior representatividade deste segmento no PIB nacional.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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