Bicicletas, riscos vão além do roubo

O seguro de bicicletas passou a ser um item necessário e cada vez mais demandado. Desenvolvido em 2005 pela Brasil Insurance em parceria com a Berkley Seguradora, inicialmente apenas para modelos mais caros, o seguro pode agora ser contratado para bicicletas a partir de R$ 2 mil (modelos de passeio). O produto oferece cobertura para: roubo enquanto pedala, roubo ou furto qualificado enquanto transporta, roubo/furto qualificado dentro da residência e danos no transporte (ex. bateu o carro e a bike estava no rack, danificou a bike).

O impacto do aumento das magrelas nas ruas traz outros riscos além do roubo. Como bem descreveu Antonio Penteado Mendonça em seu artigo no jornal Estado de São Paulo desta segunda-feira, a proliferação de bicicletas como meio de transporte sem que as cidades e a sociedade estejam preparados para tal rotina tem causado preocupações. Muito se fala da melhora da qualidade de vida, mas temos outras conseqüências para o setor. Um mero tombo, dependendo da gravidade, pode gerar indenização do seguro de acidentes pessoais, do seguro devida e do plano de saúde privado. Já no caso do acidente ser resultante de uma colisão por culpa de um automóvel, os danos sofridos pelo ciclista e pela bicicleta serão indenizados pelo seguro de responsabilidade civil do veículo. E a regra se aplica a caminhões e ônibus também. Semana passada, por exemplo, tivemos vários acidentes noticiados, inclusive um deles foi tramáutico, com a amputação do braço do ciclista. “Enfim, Penteado conclui que “os seguros para bicicletas não serão um diferencial de faturamento para as seguradoras.Mas,sob o aspecto social, eles são produtos importantes. Por isso, merecem atenção”, escreve Mendonça.

A corretora Kalassa, controlada pela holding Brasil Insurance, informou que recebe cerca de 100 solicitações por mês para seguros de bicicletas entre R$ 2 mil e R$ 5 mil e pretende vender mais de 2 mil apólices de bikes em 2013. Em 2012 foram cerca de 600 bikes seguradas. A holding também comercializa seguro de vida específico para ciclistas e triatletas. O custo varia de acordo com a idade, valor segurado, mas uma pessoa de 35 anos, com uma cobertura de R$ 200 mil, tem um custo mensal de apenas R$ 80. Apesar da Secretaria de Estado da Segurança Pública não ter estatísticas oficiais, na internet existe um levantamento feito a partir de registros voluntários que não para de crescer – no site Cadastro Nacional de Bicicletas Roubadas (http://www.bicicletasroubadas.com.br/).

A Porto Seguro lançou a cobertura para bikes para os segurados de automóvel. Com certeza o serviço fará sucesso e trará mais clientes para a maior seguradora de carro do Brasil, sócia do Itaú no segmento de auto e residência. O Porto Socorro Bike, um serviço de assistência dia e noite, pode ser acionado em caso de pneu furado: reparo ou troca da câmara de ar (aros 20″ e 26″); quebra da corrente: emenda ou troca da corrente;
falta de freios: ajustes ou troca dos cabos ou das sapatas (excluídos freios a disco); quebra ou acidente: transporte e carona até seu domicílio; montagem de uma nova bicicleta: serviço executado mediante apresentação da nota fiscal ou do manual, da garantia ou da embalagem. É só ligar que um veículo de apoio ou um bike socorrista vai ao seu encontro, como acontece quando você precisa de atendimento para seu carro.
O serviço é exclusivo para segurados Porto Seguro Auto e a assistência é prestada na Grande São Paulo, na região metropolitana do Rio de Janeiro e nas cidades de Guarujá, Itanhaem, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande e Santos, informa o site da seguradora.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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