Aon promove seminário sobre seguro garantia no Rio

Matéria extraída do portal da CNseg (www.cnseg.org.br)

Executivos da corretora listam vantagens de produto para representantes da indústria de petróleo
Para credenciar o seguro garantia como a principal caução a ser usada na próxima licitação de blocos de exploração e produção de petróleo e gás natural, prevista para maio, a Aon, empresa de consultoria e corretagem de seguros e resseguros, reuniu seu staff com executivos da indústria de petróleo nesta quinta-feira pela manhã, na cidade do Rio de Janeiro.

O seguro e a carta de crédito emitida por bancos estão entre as cauções que os participantes da 11ª Rodada de licitações promovida pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) poderão apresentar antes mesmo do leilão dos blocos e, para os vencedores, nas demais fases do negócio.

Serão ofertados 289 blocos, envolvendo 23 setores e 11 bacias sedimentares, o que marca a retomada das licitações para exploração de novos poços, suspensas a partir de 2008, e cria expectativa de forte retomada da demanda do seguro garantia, lembraram executivos da Aon, como Paulo Niemeyer, Adriano Almeida e Fernando Demier.

Justamente pela paralisação das licitações na área de petróleo e gás ou atraso no cronograma de obras de infraestrutura, o seguro de garantia “andou de lado” em 2012, ao interromper o ciclo de alta dos anos imediatamente anteriores. Segundo dados da Aon, o mercado de garantia fechou 2012 com receita de R$ 788 milhões, queda de 3,52% sobre os R$ 817,6 milhões de 2011.

Na avaliação dos executivos da Aon, o ciclo de recuperação de receita será retomado este ano, até porque o seguro garantia oferece vantagens competitivas em relação à fiança bancária. A previsão é de que o faturamento aumente de algo entre 8% e 10%. “O seguro garantia é uma das formas de caução mais recomendáveis, não só pelo custo menor, pela facilidade de contratação, mas também por não tomar limites bancários como a Carta de Crédito”, exemplifica Adriano Almeida, diretor de Produtos Financeiros da Aon.

No ano passado, também houve forte expansão da sinistralidade, o que serviu não só de prova de fogo, mas também para ampliar o nível de conforto dos contratantes do seguro, um produto em consolidação a partir da abertura das operações de resseguro. Nos negócios privados, a taxa de sinistralidade subiu exatos 377,87% na virada de 2011 para 2012, passando de R$ 104 milhões para R$ 377,8 milhões.

Já os sinistros envolvendo empresas do setor público tiveram avanço ainda maior, de 991,74%, de R$ 38,5 milhões para R$ 421 milhões, ao passo que os prêmios, neste nicho, subiram cerca de 14%, de R$ 500 milhões para R$ 571,4 milhões. Apesar do avanço, o viés é de estabilidade das taxas, segundo eles, algo que tem a ver com o aumento da capacidade do mercado doméstico e maior concorrência gerada com novos players no nicho de garantias nos últimos anos.

No caso da próxima licitação da ANP, a prova de fogo do mercado de seguros será no próximo dia 26 de abril, prazo final para apresentação de garantias de oferta exigidas pela ANS. Seguro ou fiança? Para as empresas interessadas em oferecer o seguro, os especialistas recomendam que as negociações comecem já, porque existe um prazo de maturação do negócio, que chega a 10 dias. O seguro cobre o não cumprimento dos termos contratuais.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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