Mais uma concorrente em resseguro. A Susep autorizou a Terra Brasis, a 12a. a atuar como resseguradora local, com capital de R$ 100 milhões. Segundo nota divulgada pela Susep, do capital total, R$ 15 milhões serão integralizados até 90 dias a partir da divulgação da portaria publicada hoje.
A companhia vai disputar um mercado que movimentou entre janeiro e julho deste ano R$ 2 bilhões em receitas emitidas pelas resseguradoras locais, segundo resenha elaborada pela consultoria Siscorp. O líder do ranking é o IRB Brasil Re, com R$ 1,3 bilhão, seguido pela Munich Re, com R$ 225 milhões, ACE (R$ 129 milhões) e Mapfre Re (R$ 109 milhões). Esse grupo de resseguradoras locais apresentou lucro liquido de R$ 261 milhões, sendo R$ 194 milhões do IRB e R$ 26 milhões da JMalucelli.
A Terra Brasis é controlada pelo banco de investimento Brasil Plural, controlado por Rodolfo Riechert e André Schwartz, e dentro de 90 dias, o International Finance Corporation – IFC, braço de investimentos privados do The World Bank Group, deve se juntar ao projeto como acionista minoritário.
A empresa conta com profissionais de peso no mercado local, entre eles Paulo Botti, executivo da Itaú Seguros por muitos anos e um dos mais atuantes no tema resseguro mesmo quando havia monopólio no Brasil. Conta também com Carlos Zoppa e Carlos Luporini, ex-executivos da Itau Seguros com vasta experiência no mercado de Seguros; Paulo Hayakawa, profissional de vasto conhecimento na área de seguros Patrimoniais e de Engenharia, Luiz Pestana, um dos mais experientes profissionais do ramo de Seguro Garantia e Rodrigo Botti profissional vindo da área financeira.
A Terra Brasis pretende operar exclusivamente com resseguros, sem nenhum vinculo com seguros diretos. Atuará em todos os ramos de resseguros, tanto em tratados quanto em negócios facultativos.
Recentemente, o grupo divulgou a edição de Abril de 2012 do Terra Report, relatório interessante sobre resseguros. Durante os quatro primeiros meses de 2012, o mercado segurador brasileiro gerou R$ 1,93 bi de prêmio de resseguros, bruto de comissão, volume similar ao ano anterior. Deste total perto de 53% foi colocado em Resseguradores Locais.
• A falta de uniformidade na contabilização dos prêmios emitidos pelas Resseguradoras Locais permanece. Na Demonstração de Resultados, dentro da rubrica “Prêmios Emitidos” aparece um novo item, “prêmio – riscos vigentes não emitidos”, com significativa importância. Provavelmente representa o volume estimado de prêmios de tratados proporcionais cujas contas técnicas ainda não foram recebidas.
• Foi feita uma análise de sazonalidade para as estimativas de fluxo anual de prêmios de resseguro. Foi estimado para 2012 um volume de R$ 6,2 bi em prêmios de resseguros cedidos por cedentes brasileiras, um crescimento de 5,0% em relação a 2011. Destes, R$ 4,3 bi deverão ser direcionados a Resseguradoras Locais, um crescimento de 10,4% relativo a 2011.
• O lucro líquido das Resseguradoras Locais apresentou crescimento expressivo. O retorno sobre o capital apresenta recuperação, mesmo após a entrada massiva de recursos no mercado local de resseguros.
Este relatório esta disponível na nossa página da internet www.terrabrasis.com.br
A falta de uniformidade nao e exclusividade da contabilizacao de premios para resseguradoras. Seguradoras tambem divergem sobre como se deve contabilizar premios. No caso das seguradoras o destaque e para os premios de resseguro nao proporcionais.
“Provavelmente” representa bem o grau de incerteza que aflige as companhias. A SUSEP nao define o que deve ser feito e nao orienta as companhias. Parece que ninguem sabe direito o que fazer. Tqm ate consultores profissionais com relativa experiencia internacional defendendo metodos de contabilizacao sem se preocupar com algumas consequencias que obviamente surgirao em alguns meses.