A Susep divulgou hoje a nota abaixo. Pena que os números são do ano passado. Trabalho mesmo a Susep terá daqui para frente, com tantos pedidos de indenizações em seguro de garantia, de risco de engenharia entre outros, num momento em que as empresas seguradas sofrem com inadimplência e consequente limite a linhas de créditos, pois os bancos estão mais seletivos. Com o fluxo de caixa prejudicado, a obra, no caso de construção civil, deverá sofrer atrasos. E tudo isso num momento em que as seguradoras registram queda no ganho financeiro e na receita com a redução do valor do custo de apólice. Vamos ver como fica. No mercado mundial, há pouco apetite dos investidores pelo setor, segundo sinalizou a desistência do grupo Talanx, que controla a HDI, pelo IPO que vinha sendo estruturado há meses. Em 2010, quem desistiu do IPO foi a Liberty Mutual. Agora quem tenta um IPO é a Direct Line. Enfim, um setor com muitas notícias.
Comunicado oficial
Balanço realizado pela Coordenação Geral de Fiscalização Direta (CGFIS), que analisa o desempenho do setor, aponta que a Superintendência de Seguros Privados (Susep) apresentou resultados positivos no último ano (2011) e números crescentes, se comparados ao mesmo período do ano anterior (2010). Em relação ao número de fiscalizações realizadas, o resultado é surpreendente: houve crescimento de 84,67%. O coordenador de Fiscalização Direta, Benísio José, explica como o atual planejamento, realizado junto ao superintendente Luciano Portal Santanna, levou a autarquia aos números positivos.
– Até dezembro de 2011 executamos o planejamento estratégico de fiscalização do exercício anterior, porém acrescido de nova sistemática, implementada seguindo orientações da atual administração. Realocamos a fiscalização em atividades relacionadas ao mercado marginal, demandas internas e externas e atendimentos aos órgãos de controle – explicou.
Já no planejamento de 2012, foi criado um rating das entidades, que foram classificadas de A até E. O objetivo era dar prioridade às piores classificadas bem como o tempo decorrido da última fiscalização contábil. Até outubro de 2011, havia 37 entidades classificadas com nota E, além de 47 entidades que se encontravam sem fiscalização há mais de 60 meses. Dentre estas, 10 acumulavam as duas condições. Esses foram os critérios para o início de uma nova fiscalização, observando o mercado como um todo.
– Precisamos, é claro, fiscalizar os conglomerados, de forma a evitar riscos sistêmicos, que podem abalar o mercado do país. Nosso papel é acompanhar todas as entidades. A meta é que, após a conclusão desta primeira fase, nenhuma entidade permaneça mais de 36 meses sem fiscalização – declarou Benísio.
Além disso, outras ações estão sendo realizadas para atender e proteger o consumidor, como a observação dos problemas de produtos, como garantia estendida, seguros de obras e apuração de denúncias do mercado marginal.