As contribuições para planos de previdência privada aberta totalizaram R$ 33 bilhões, crescimento de 32% em relação ao primeiro semestre do ano anterior, segundo dados divulgados pela Federação Nacional de Previdência Fechada e Vida (Fenaprevi) durante a realização do VI Fórum de Previdência Privada e Vida, em São Paulo. O VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), que representa quase a totalidade das contribuições, foi a modalidade que mais se destacou, com arrecadação de R$ 28 bilhões, avanço de 38,24%. Os planos menores registraram o segundo maior crescimento no primeiro semestre por categoria de plano contratado. A liderança ficou com os planos individuais, que tiveram expansão de 36,33% no primeiro semestre em comparação ao mesmo período de 2011, para R$ 28,6 bilhões.
As empresas encerraram junho com R$ 302 bilhões em recursos administrados, 24% acima dos R$ 243,5 bilhões do mesmo mês de 2011.
Segundo Osvaldo do Nascimento, diretor da Fenaprevi e do Itaú Unibanco, a expectativa da entidade é encerrar 2012 com R$ 330 bilhões em ativos administrados. Já em cinco anos, o otimismo chega a impressionar. “O mercado pode atingir R$ 1 trilhão nos próximos cinco anos. Estamos triplicando de tamanho a cada três anos”, comentou o executivo durante coletiva de imprensa.
A projeção está fundamentada no aumento da conscientização da população, de que é preciso poupar para ter um futuro mais protegido, sem depender do governo. “Com taxa de juro real abaixo de 3%, as pessoas pensam mais no longo prazo e isso traz mais clientes para o segmento de previdência, uma vez que os incentivos fiscais tornam o produto competitivo”, afirma diretor-presidente da Bradesco Vida e Previdência, Lúcio Flávio Oliveira.