O Brasil tem grande potencial para avançar na venda de seguros por meio dos bancos, operação chamada de bancassurance. Apesar dos executivos afirmarem que essa prática já é um grande sucesso no país, e realmente é quando se observa que as seguradoras ligadas a bancos lideram as vendas de previdência e vida, o consultor Roberto Westernberger, da consultoria PwC, afirma que há um verdadeiro “pré-sal” no que diz respeito a penetração do seguro na base de clientes dos bancos.
“O número de clientes dos bancos que tem seguro é muito pequeno”, afirma o consultor no segundo dia do evento, que teve início com o sexto painel: Eficiência Operacional e Competitividade, no VI Fórum de Previdêndia e Vida, promovido com apoio da Bradesco Seguros, em São Paulo.
De acordo com Westernberger, a venda de seguro exige educação. “Primeiro é preciso ensinar às pessoas para que o produto serve para depois fazer uma venda consultiva, atendendo as necessidades daquele cliente. Isso fará com que ele seja fiel e goste do que adquiriu.” Se considerarmos a baixa penetração do seguro de vida no PIB brasileiro, fica evidente o quanto ainda é preciso avançar para proteger financeiramente as famílias brasileiras. Enquanto as vendas de seguro de vida e previdência no Brasil representam menos de 3% do PIB, nos países industrializados a média ultrapassa 8%.