País mais populoso da África com 150 milhões de habitantes, a Nigéria tem 64% da população com renda diária de US$ 2 por dia – um cenário ideal para o microsseguro pela alta porcentagem de integrantes de baixa renda. Esse tema foi o eleito pela pesquisadora Olajumoke Olaosebikan, da Escola de Gestão da Universidade de Bath, no Reino Unido, para apresentação durante o 48º Seminário Anual da IIS, organizado pela CNseg (Confederação Nacional das Seguradoras), que acontece até quarta-feira, 20, no Hotel Sofitel, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
A pesquisa, nomeada como ´Os Fatores Determinantes da Rentabilidade dos Seguradores de Vida`, evidencia a relação da rentabilidade com o tamanho das empresas. “Na Nigéria, por exemplo, os microsseguros estão dando os primeiros passos, mas há muito potencial de crescimento. Ainda não há regulação espefícica dos microsseguros e o principal canal de distribuição são as agências bancárias”, comentou Olaosebikan.
O estudo, que utilizou a experiência de 149 empresas de seguros, destacou ainda que o nível de resseguros têm influência negativa, o que pode sugerir que eles são caros por conta dos altos riscos nigerianos. Além disso, os microsseguros também são mais rentáveis devido a venda em grande escala, além da confirmação do impacto dos juros nas operações.
“As empresas resseguradoras precisam modificar seus preços. O impacto das taxas demonstra a importância do desempenho econômico para o desenvolvimento dos microsseguros”, explicou a pesquisadora.