Uma boa estratégia precisa ter respostas para perguntas certas

Quais cenários e estratégias as seguradoras devem esperar para os próximos anos? Esse é o tema da série de comentários econômicos do consultor Francisco Galiza. Em seu texto 102, ele aborda o estudo “Insurance 2020: Turning change into opportunity”, que divulgado pela Price no início do ano.

O trabalho apresenta as principais mudanças que estão ocorrendo no mundo, com implicações nos setores de seguros e previdência. Elas são divididas por assuntos: social (maior poder dos consumidores), tecnológico (maior volume de dados), ambiental (mais eventos catastróficos), econômico (crescimento dos países emergentes) e político (padronização e globalização).

O estudo comenta o que essas transformações podem trazer ao segmento, como, por exemplo, um aumento na automação dos processos. Mas fazer previsões não é tarefa fácil, sobretudo em prazo longo! Além disso, com um mundo em constante mutação, muitas vezes uma resposta para “hoje” pode não ser a resposta ideal para o “amanhã”. Com esse cenário de incerteza, descobrir, pelo menos, “as perguntas certas que devem ser feitas” já é algo útil. Assim, de forma didática e objetiva, o estudo sugere quais são elas, separadas segundo o cargo profissional.

Veja as principais perguntas que devem ser feitas pelos executivos:

Presidência (“Chief Executive Officer, CEO”)
• Como antecipar e definir a melhor resposta estratégica diante de todas essas mudanças?
• Quais são os mercados e segmentos que devem ser priorizados?
• Como definir os investimentos, tentando sobreviver e prosperar em uma conjuntura que está se alterando?

Diretoria de Avaliação de Riscos (“Chief Risk Officer, CRO”)
• Como está a gestão de riscos na organização e como ela ficará diante desse novo cenário estratégico e, com isso, antecipar a melhor resposta (em produtos, serviços e canais de distribuição)?
• Como a empresa pode estar preparada para eventos extremos e imprevistos (tipo “Black Swan”)?’

Diretoria Financeira (“Chief Financial Officer, CFO”)
• Qual será a resposta dos investidores com relação ao novo posicionamento da seguradora?
• Como gerenciar a estrutura de capital da seguradora, em função das mudanças regulatórias e das expectativas das empresas classificadoras de risco?

Diretoria de Marketing (“Chief Marketing Officer, CMO”)
• Como transformar a seguradora em uma organização centrada no cliente, capaz de comercializar e adequar os produtos para as mudanças nos comportamentos e nas atitudes de seus consumidores?

Diretoria de Tecnologia (“Chief Technology Officer, CTO”)
• Como assegurar que a seguradora não só esteja ciente das tendências tecnológicas emergentes, mas também envolvida na aplicação desses novos mecanismos que chegam ao mercado?

Diretoria de Informações (“Chief Information Officer, CIO)
• Como construir uma estrutura útil de informações e análises, suportada por um banco de dados dinâmico e com uma relação custo/benefícios compatível?

Diretoria de Atuária (“Head of Actuarial”)
• Como selecionar atuarialmente a melhor estratégia, segundo o grau de aversão ao risco e das expectativas da seguradora?

Diretoria de Subscrição (“Head of Underwriting”)
• Como explorar as novas fontes de informação disponíveis para melhorar a subscrição e a seleção de risco e de preços?

Diretoria de Sinistros (“Head of Claims”)
• Como transformar a seguradora de uma “liquidadora de sinistros” em uma organização que seja capaz de executar um gerenciamento de perdas em tempo real?

Diretoria de Recursos Humanos (“Head of HR”)
• Como atrair e reter talentos dentro da organização, especialmente quando esse profissional tem que ser culturalmente consciente, multidisciplinar e global?

O estudo complete pode see acessado no link
http://www.pwc.com/en_GX/gx/insurance/pdf/insurance-2020-turning-change-into-opportunity.pdf

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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