Enquanto as seguradoras brasileiras preparam a divulgação de seus balanços financeiros de 2011 para a próxima semana, as estrangeiras divulgam resultados nesta semana de Carnaval. Na segunda-feira teremos o balanço da Porto Seguro e da BB Mapfre, com divulgação aberta aos jornalistas. Outros balanços serão divulgados em jornais, sendo alguns deles com entrevistas agendadas com jornalistas escolhidos pelas assessorias de imprensa.
Na mídia de ontem e de hoje, destaque para os resultados da Allianz, AIG e Swiss Re. Nesta manhã, a Allianz divulgou queda de 50% no lucro líquido registrado no ano passado, para 2,55 bilhões de euros em 2011. O grande impacto foi sentido noquarto trimestre, quando o lucro líquido recuou 57%, para 492 milhões de euros. decorrente de perdas com investimentos, baixas contábeis sobre a dívida soberana da Grécia e maiores impostos. O faturamento total – que inclui prêmios de seguros, receita operacional com gerenciamento de ativos e receita com a divisão de banco pequenos e corporativos – recuou 2,7% no ano, para 103,6 bilhões de euros.
A AIG divulgou ontem lucro líquido de US$ 17,8 bilhões em 2011, acima dos US$ 7,8 bilhões em 2010. O lucro operacional após o pagamento de impostos foi de US$ 1,8 bilhão, após um prejuízo operacional de US$ 888 milhões em 2010. O Tesouro dos EUA ainda tem uma participação de 77% no AIG, como resultado do programa de ajuda adotado pelo governo do país durante a crise financeira de 2008.
Já a Swiss Re triplicou o lucro em 2011 apesar das catástrofes naturais registradas no ano. O lucro líquido chegou a US$ 2,626 bilhões. Em 2010, o ganho ficou em US$ 863 milhões. Segundo nota da empresa, o lucro foi impulsionado por um bom resultado de investimento e queda de custos tributários devido a uma reestruturação corporativa. O índice combinado se deteriorou, com alta de sete pontos percentuais, para 101.6%. As catástrofes representaram 29.6 pontos percentuais.
No Brasil, as perspecitvas de ganho são boas. O analista do Banco Fator soltou ontem relatórios sobre Porto Seguro e SulAmérica, recomendando a manutenção dos papéis das duas empresas aos acionistas. Para a Porto Seguro, a expectativa é de resultado regular, com baixo crescimento de prêmios e alta sinistralidade em automóveis.Para a SulAmérica, a projeção também é de resultado regular, com manutenção do bom patamar de crescimento de prêmios, mas com sinistralidade elevada em seguros de saúde.
Entre os já divulgados, destaque para a Mongeral Aegon, que encerrou 2011 comemorando o crescimento de 33% em planos de previdência e seguro de vida individuais e de 35% nas reservas técnicas, com total de R$ 294 milhões. Já as receitas totais registraram crescimento de 20% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 487 milhões.
“Alcançamos esse resultado positivo com um grande investimento na rede de parceiros, na excelência em prestação de serviço, no desenvolvimento de novos produtos e na ampliação dos canais de distribuição”, comenta Helder Molina, presidente da Mongeral, em nota distribuída à imprensa.
Em 2011, a companhia lançou novos produtos, como PGBL e VGBL próprios, a linha Private Solutions, para capitais segurados de R$ 2 milhões a R$ 10 milhões, e o seguro popular Minha Família, que começou a ser comercializado em janeiro. Nos últimos meses de 2011, foram destinados R$ 440 mil em pesquisas voltadas para o consumidor.
O lucro chegou a R$ 10,8 milhões e o patrimônio líquido a R$ 128,1 milhões. “Em 2012, ampliaremos investimentos em infraestrutura, tecnologia, recursos humanos e pesquisa e desenvolvimento, buscando níveis ainda mais elevados na prestação de serviços e parcerias comerciais”, completa Molina. A expectativa da seguradora para o ano é crescer 30%.