Norman Sorensen é o novo chairman da Principal

matéria extraída do site da CNSeg (www.viverseguro.org.br)

Norman Sorensen, um dos protagonistas da parceria entre a americana Principal Financial Group com o Banco do Brasil, sócios na Brasilprev, deixa de ser CEO para ser o novo chairman da Principal International, braço internacional de um dos mais importantes grupos financeiros dos Estados Unidos. Segundo Larry D. Zimpleman, chairman, presidente e CEO do grupo mundial, trata-se de um processo natural de sucessão desenhada pelo grupo para o braço internacional com o firme propósito de dar continuidade ao crescimento das operações em todo o mundo. “A Principal International tem oportunidades de crescimento notável na Ásia e na América Latina, onde já temos um histórico de 10 anos”, afirma o executivo.

Segundo Sorensen, Luis Valdes, atual CEO da Principal para a América Latina, será o CEO responsável pelas operações da Principal International. Roberto Walker, 45, deixa de ser o COO para assumir as operações na América Latina, sucedendo Valdes. “Luis Valdes conduzirá nossos negócios internacionais, coordenando fortes parceiros locais com forte poder de distribuição, que nos permitem crescer de forma acelerada e sustentável nos principais mercados emergentes”.

Norman é um executivo admirado por todos que o conhecem. Tem um carisma ímpar. Fala praticamente todas as importantes línguas no mundo, bem como os principais dialetos dos países emergentes. Demonstra interesse em pormenores da cultura e valoriza pequenos detalhes que dizem muito a respeito de um povo. Desde 1998, quando assumiu a divisão internacional da Principal, sua casa passou a ser o mundo. Particularmente, os países emergentes. Seu olhar é sempre curioso. Tudo isso fez com que criasse uma experiência prioritária hoje no mundo dos negócios: conhecimento das mais diversas culturas do planeta.

Para melhorar ainda mais o seu circulo de atuação, em meados do ano passado foi eleito presidente e CEO da International Insurance Society (IIS), entidade que reúne os principais executivos da industria internacional de seguros e resseguros. Ele substitui o presidente e CEO da Marsh & McLennan Companies, Brian Duperreault.

Levar a divisão internacional da Principal a uma posição de destaque dentro do grupo, até então concentrado nos Estados Unidos, foi uma consequência de tanta dedicação. Os ativos sob administração registraram expansão anual média de 35% ao ano desde 2000, para US$ 52,7 bilhões. Em 2010, a divisão internacional contribuiu com US$ 137 milhões em ganhos, representando 16% do lucro total da Principal Financial Group, que conta com ativos administrados de US$ 319 bilhões e mais de 19 milhões de clientes espalhados pela Ásia, Austrália, Europa e América Latina, além dos EUA.

No Brasil, a Principal é sócia do Banco do Brasil, na BrasilPrev. Em maio de 2010, a Principal renovou sua parceria com o maior banco do País e adquiriu 4% da participação do Sebrae na sociedade, elevando para 51% sua participação na BrasilPrev, a terceira maior empresa de previdência privada aberta do Brasil.

A estimativa do Banco do Brasil é de que o mercado brasileiro de previdência privada aberta possa atingir ativos de R$ 1 trilhão em recursos administrados no ano de 2022. Atualmente o setor acumula ativos próximos de R$ 200 bilhões. O acordo entre o BB e Principal prevê cláusula de exclusividade na comercialização dos produtos da Brasilprev nos canais de distribuição do Banco do Brasil pelo prazo de 23 anos.

Em recente entrevista para o especial Fundos de Investimentos, do Valor Econômico, Norman comentou que o Brasil precisa continuar fazendo as coisas bem como tem feito até agora, incluindo regras claras, cuidar de seu gasto público e da sua estabilidade política. Também são necessários investimentos maiores na infraestrutura do País e na educação para apoiar corretamente o caminho do crescimento.

Ele também destacou o controle da inflação como peça chave na condução da economia. “Achamos que o Banco Central tem comprometimento com isso e a manterá em níveis reduzidos. Na medida em que as companhias tenham boas perspectivas de crescimento, o Brasil poderá ser mais atrativo para os investidores do mundo e particularmente para os investidores institucionais.”

Norman acredita que a indústria de fundos no Brasil tem experimentado um desenvolvimento muito forte nos últimos anos, estando hoje entre as dez maiores do mundo em patrimônio líquido. Para ele, ainda há muito a ser feito na indústria local, mas isso depende também da conjuntura social e econômica. A participação de ações em fundos brasileiros é bastante menor no Brasil, com aproximadamente 12% do total investido em ações, diante de uma média de 40% nos países com indústrias maduras de fundos.

O investimento fora do país também está aquém do padrão internacional. No Brasil esta prática é praticamente nula, enquanto em outros países cerca de 30% a 40% do patrimônio das indústrias de fundo são aplicados no exterior. “Sem dúvida, os juros altos são parte importante da explicação”, diz.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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