Sabia que o seguro é uma das primeiras coisas que um investidor pensa antes de apostar suas fichas em um negócio? Sem uma apólice de seguro que garanta o retorno do capital investido, dificilmente um show como de Paul McCartney pode ser realizado. Afinal, serão três apresentações: dia 7 de novembro, no estádio do Beira-Rio, em Porto Alegre; e dias 21 e 22 de novembro, no estádio do Morumbi, em São Paulo, com público estimado em cerca de 180 mil pessoas. Trata-se de um dos maiores da história do mercado musical do país, ficando atrás apenas do SWU em 2010.
Para começar, o próprio astro jamais realiza um show sem antes ter a certeza de que os riscos da realização de um megavento foram mitigados. Ou seja, o gerenciamento de riscos começa com a contratação de uma equipe de primeira, orientada para selecionar os melhores fornecedores, seja de transporte de equipamentos ou de montagem e desmontagem de arquibancadas. Isso já garante menos riscos de acidentes antes e durante o evento.
Mas mesmo assim, a probabilidade de algo ocorrer, ainda existe. É nesta hora que entra em cena o seguro. No caso da turnê de Paul McCartney no Brasil, a corretora Aon foi contratada para desenhar o programa de seguros para garantir o sucesso do megaevento e indenizações de até R$ 24 milhões em caso de algo previsto no contrato dar errado. A alemã Allianz é a principal seguradora da apólice desenhada pela AON para o show de Paul McCartney e a Liberty participa com o excesso de risco, ou seja, com indenizações que ultrapassem um valor determinado no contrato como limite para a Allianz.
A cobertura da apólice ampara desde a infraestrutura (equipamentos) até os danos materiais e corporais sofridos por terceiros durante a realização do evento. Também estão cobertos eventuais prejuízos decorrentes de condições climáticas adversas, cancelamento ou não realização do mesmo, o chamado “No Show”.
A PlanMusic assina a organização da turnê em São Paulo e em Porto Alegre o projeto conta com a parceria da RBS com a DC Set. “A partir das necessidades de coberturas apontadas pelo cliente, estruturamos o seguro em faixas de riscos para atender a todas as necessidades. Para isso, desenvolvemos um produto personalizado e diferente dos seguros de shows tradicionais”, disse Bruno Amorim, responsável pela área de Leisure, Sports & Entertainment da Aon.
Em 2010, a companhia também foi a corretora dos shows Bon Jovi, Rush, Green Day, Black Eye Peas, entre outros. Para 2011, a expectativa é ainda mais promissora. “O Brasil será palco de diversos shows internacionais, irá sediar os jogos mundiais militares no Rio, além de outras grandes produções, que irão impactar no crescimento do segmento”, prevê Amorim.