A Mongeral Aegon completa 175 anos em grande estilo. Segundo o livro que resume o melhor da história do grupo, ela é uma das quarto companhias que sobreviveu sem interrupção no Brasil desde que foi criada, em 1835. Uma proeza e tanto, considerando que só agora o país começa a entrar num circulo sustentável de crescimento. Se reinventou há dois anos, concretizou uma parceria com a Aegon no meio da crise financeira de 2008 e se prepara para começar a vender planos de previdência privada em 2011, já tendo recebido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorização para abrir uma gestora de ativos de terceiros. “Costumo dizer que o segredo do nosso sucesso é ser uma companhia feita por gente que realmente gosta do que faz”, diz Helder Molina, presidente da seguradoras especializada em vida.
Nesta semana, como parte das comemorações, o grupo recebeu a visita dos sócios. “A economia brasileira tem se mostrado exuberante e chama muito a atenção do mundo, onde várias economias dos quase 30 países onde atuamos estão em recessão”, diz Mark Mullin, presidente e CEO da Aegon USA.
Em um almoço com jornalistas nesta sexta-feira, em São Paulo, os executivos contaram que estão preparando uma série de produtos diferenciados, criados com base em pesquisas realizadas com consumidores. “Queremos ser reconhecidos pela inovação, trazendo aos clientes o que eles realmente querem comprar”, diz Molina.
Segundo Mullin, uma etapa importante da atuação da Mongeral Aegon no Brasil é o treinamento da força de venda para levar o produto até o consumidor. Ele explica que o seguro de vida não é um produto demandado e sim vendido por consultoria e por isso as vendas ultrapassam US$ 2 trilhões no mundo. “Temos de ajudar o cliente a perceber que por um pequeno valor mensal ele pode deixar a família amparada caso venha a falecer ou ficar impossibilitado de exercer as funções básicas”, diz o presidente da Aegon.
Após um período longo de preparação, tanto da Mongeral quanto do Brasil, as perspectivas para o seguro de vida são promissoras. “Vamos atender desde o microsseguro até o alta renda”, garante Molina. Entre os produtos, Mullin mostrou grande entusiasmo com os seguros de vida que visam a quitação do imóvel em caso de morte do tomador de crédito. “Hipoteca é um produto novo no Brasil, mas no mundo é uma carteira muito representativa dentro da base do grupo. Temos muito a acrescentar ao mercado brasileiro neste início de operação”, afirma.
Um outro tipo de produto que pode ser trazido para o Brasil é o que garante a reserva financeira acumulada nos seguros de sobrevivência. “É um seguro que protege o cliente da volatilidade dos mercados acionários, garantindo que a poupança será preservada mesmo com as oscilações das taxas no mercado financeiro”, explicou. Questionado se precisou pagar muitas indenizações com a crise em razão do sobe e desce das bolsas, Mullin disse que a carteira estava protegida por mecanismos financeiros, termo conhecido como “hedge”.
A Mongeral Aegon prevê crescer 30% neste ano e estar entre as cinco maiores empresas independentes de vida e previdência do Brasil nos próximos quatro anos. O grupo conta com 600 mil clientes, 4 mil consultores de benefícios responsáveis pela venda, sendo que 1,5 mil foram formados pela seguradora.