Lord Levene (foto), presidente do Lloyd’s of London, mercado que reúne 80 empresas de seguros e de resseguros, participou do coquetel de inauguração do escritório carioca do Navigators, somando agora oito sindicatos presentes no Brasil, entre eles Catlin, Liberty, ACE, entre outros. Sua visita foi discreta, tendo em vista, longe do assédio da imprensa, tendo em vista que no momento o assunto do dia é a criação de uma seguradora estatal para suprir a suposta falta de capacidade e interesse dos resseguradores estrangeiros para alguns riscos ou segurados.
Segundo dados divulgados no site do maior mercado de seguros do mundo, em seu discurso para mais de 170 convidados na semana passada, entre eles clientes de peso como Petrobras e EBX, Levene ressaltou o potencial do Brasil, bem como o governador do Rio, Sérgio Cabral. “Nossos negócios no Brasil dobraram em cinco anos. Registramos crescimento em todas as classes de negócios. Não me surpreendo de mais de dois terços dos 80 sindicatos do Lloyd’s já estão subscrevendo riscos brasileiros, tamanho é a demanda de proteções para garantir os investimentos em infraestrutura que estão sendo realizados no Brasil”, afirmou.
No ano passado, o Lloyds respondeu por 9% do mercado ressegurador nacional, com US$ 187 milhões em operações, um crescimento de 10% frente ao ano anterior. O volume coloca a empresa, que atua no país como ressegurador admitido, no segundo lugar do ranking nacional, atrás apenas do IRB-Brasil Re.
Levene mencionou que o governo brasileiro tem planos ambiciosos, com mais de US$ 360 bilhões em investimentos em infraestrutura, que inclui o trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio, a usina hidrelétrica de Belo Monte, plataformas de petróleo e embarcações, bem como estradas, aeroportos e logísticas. Além disso, o país está se preparando para sediar os dois maiores eventos esportivos. “E o Lloyd’s tem produtos inovadores para todos esses eventos, que vão desde a cobertura dos estádios contra danos ou ataque terrorista até a não realização do evento por problemas climáticos”.