Bradesco fatura R$ 14,3 bi no semestre e comemora alta de 16% no número de clientes

marco-antonio-rossiA Bradesco de Seguros e Previdência registrou crescimento em todas as linhas de negócios no primeiro semestre deste ano, segundo informou Marco Antonio Rossi (foto), presidente do grupo que é líder das vendas consolidadas do setor. “Conseguimos elevar em um ponto percentual o nosso market share e isso nos traz grande satisfação, pois para uma empresa que já é líder conseguir este resultado é porque a equipe se esforçou muito”, comentou o executivo durante a divulgação do balanço semestral do grupo.

O faturamento da Bradesco encerrou o semestre em R$ 14,3 bilhões, evolução de 23,7%. Com isso, a fatia do grupo considerando-se os dados acumulados pelo mercado até maio, passa para 24,6% de participação. O lucro líquido evoluiu 8%, para R$ 1,4 bilhão, o que significou 31% do ganho do banco, cinco pontos percentuais a menos do que os 36% registrados em mesmo período do ano anterior.

Segundo vice-presidente executivo da Bradesco de Seguros e Previdência, a menor participação no lucro do banco é um fato sem expressão, uma vez que a média de contribuição ao longo dos anos tem sido de 30%. “Os nossos olhos estão voltados para a concorrência. E neste quesito temos uma participação significativa. Nosso lucro representa 47% do resultado das seguradoras ligadas a bancos”, diz.

A rentabilidade sobre o patrimônio ficou em 27,38%, praticamente o dobro do índice que vem sendo divulgado pelas grandes seguradoras mundiais nos balanços semestrais. Os ativos financeiros passaram de R$ 76,4 bilhões, em junho de 2009, para R$ 88,51 bilhões em junho de 2010. Apenas 4% deste valor, segundo Monteiro, estavam aplicados em renda variável, o que poupou a carteira de investimento das perdas registradas pela bolsa brasileira no primeiro semestre do ano, com desvalorização de 11,6% entre janeiro e junho deste ano.

O crescimento no volume de vendas veio da conquista de novos clientes, ressalta Rossi. Segundo ele, o número de clientes avançou 16%, para 33,9 milhões no final do primeiro semestre deste ano, considerando-se segurados, participantes de planos de previdência complementar aberta e portadores de títulos de capitalização. Boa parte deste incremento foi creditada a melhora da economia do país.

De acordo com o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, 2 milhões de correntistas ascenderam socialmente nos últimos três anos. “São pessoas que mudaram de padrão de renda e notamos que nossos clientes passaram de uma faixa de R$ 700 a R$ 1,1 mil de renda para até R$ 4,5 mil”, comentou o executivo durante teleconferência.

Segundo Rossi, o grupo segurador está mais do que preparado para atender ao crescimento da demanda por seguro. “Os alicerces que construímos nos últimos anos tem capacidade para vários andares”, brincou. O executivo citou investimentos anuais de R$ 200 milhões, suficientes para que as empresas do grupo possam absorver o salto das vendas sem ruídos. O maior crescimento no semestre foi registrado no VGBL, com evolução de 28,91 %, seguido por automóvel e ramos elementares, com 28,19%; capitalização com 25%, saúde com 22% e vida, com 17%.

Mais clientes em carteira significa uma exposição maior a risco. Em razão das inundações nos estados do Nordeste em junho, o grupo elevou a provisão de indenizações em mais R$ 10 milhões, totalizando uma reserva para pagamento de diversos tipos de perdas em R$ 30 milhões no semestre. “Temos uma forte presença nos estados afetados, principalmente nas carteiras de automóvel e residência”, disse. O total pago em indenizações e benefícios atingiu R$ 10,1 bilhões, 16,7% a mais que os R$ 8,7 bilhões registrados no primeiro semestre de 2009.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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