“Estou certo de que o mercado nacional tem capacidade de ofertar seguro garantia para as obras de infraestruturas do Brasil. E um dos principais instrumentos para entregar aos clientes o contrato que precisam é o cosseguro”, afirma o diretor de seguros patrimoniais da Zurich Seguros, Luciano Calheiros.
Este será o tom da discussão na palestra que realizará no evento “Resseguro e Cosseguro no Novo Contexto do Mercado Brasileiro”, promovido pela Associação Brasileira de Gerência de Riscos (ABGR), no dia 9, às 14h30, no Auditório da CNSEG no Rio de Janeiro.
No encontro, estarão reunidos corretores, seguradoras, clientes e outros agentes do mercado de seguros para debater as principais mudanças trazidas pela abertura do mercado de resseguros e também debater o principal tema da indústria de seguros atualmente: a criação da Empresa Brasileira de Seguros (EBS) pelo governo. Segundo o governo, a seguradora estatal visa apoiar os contratos que não forem suportados pela iniciativa privada. Afinal, são quase R$ 1 trilhão previstos em investimentos até 2014.
O diretor da Zurich explica que no cosseguro, as seguradoras dividem os riscos de determinada apólice ou programa. “Quando o mercado de resseguros era fechado, o Cosseguro não tinha um impacto tão grande, uma vez que o resseguro da operação era obrigatoriamente feito pelo IRB. Agora que o mercado é aberto, as capacidades das seguradoras são somadas, já que as companhias podem buscar outras resseguradoras, o que expande o volume de risco que pode ser coberto”, explica em nota divulgada pela empresa.
Um exemplo deste formato de operação foi o programa de seguros de Riscos de Engenharia e Seguro Garantia da construção da Usina de Santo Antonio, no Rio Madeira. O volume segurado foi superior a R$ 10 bilhões e foi viabilizado por um pool de seguradoras e resseguradoras, do qual a Zurich faz parte.
“Acredito que esse é o caminho para as demais grandes obras como a Usina de Belo Monte e o Trem de Alta Velocidade. O mercado segurador é um importante viabilizador de investimentos e do desenvolvimento econômico. O mercado segurador brasileiro está pronto para fazer frente à demanda que se apresenta”.