Fenaprevi começa a preparar o evento do ano

ca3xng3hcaa6mg80cad8pai6cadn6tlxcaz3ottwcaaefyopcar0218rcai1n8cgcaiv3uh4cazkze40calm4084caq5afrfca3akjufcauq8v70caqf8l8ncafd5q9wcan7xydicafdtb0fcaw6ls14A Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi) já começou a organizar o grande evento do ano, informa Renato Russo (foto), vice-presidente da entidade e da SulAmérica. Será em setembro e em São Paulo. Segundo os organizadores, será um dos maiores eventos de vida e previdência da América Latina, com temas relevantes tanto no aspecto local como internacional. A justificativa para um evento de tal porte está fundamentada no cenário promissor do país e do setor.

Primeiro porque o mercado de previdência e vida do Brasil é o maior da América Latina. A carteira de investimentos – que corresponde aos ativos que garantem as provisões técnicas – se aproxima de R$ 200 bilhões. Também é brasileira a maior empresa de vida e previdência da região: Bradesco. O brasileiro já descobriu que precisa poupar para ter uma vida digna durante a aposentadoria.

O Brasil desperta o interesse de muitos poupadores estrangeiros em busca de uma rentabilidade melhor para fazer frente ao bônus da longevidade. Os asiáticos, por exemplo, são os maiores investidores de fundos voltados às empresas que serão beneficiadas pela Copa 2014 lançados por bancos no exterior. Segundo os executivos dos bancos, o interesse e apetite dos asiáticos é surpreendente. Os japonses, por exemplo, donos da maior poupança previdenciária do mundo, tem boa parte de seus recursos aplicada em títulos de renda fixa com juros próximo da linha zero.

Já o brasileiro começa agora a poupar e precisa aprender como aplicar seus recursos para não perder parte do que guardou em razão de uma crise financeira que afeta o mundo inteiro, um setor ou apenas uma companhia. Também terá a sua disposição uma oferta maior de produtos, como os seguros de vida capitalizados, mais complexos em termos de beneficios fiscais, e que precisam ser bem oferecidos para não gerar perdas em um assunto que é tão crucial para o indivíduo, para a família, para o governo. Afinal, ter idosos sem recursos é um problema que afeta toda a sociedade.

E para finalizar, o setor de vida e previdência continuou crescendo no Brasil mesmo durante a crise financeira. Segundo dados divulgados nesta semana, o mercado de previdência privada aberta teve seu melhor trimestre desde 2005 e bateu a marca de R$ 10 bilhões em captação, volume 28% superior ao registrado no primeiro trimestre do ano passado, quando R$ 7,879 bilhões ingressaram no sistema de previdência privada aberta.

Segundo dados estatísticos da Fenaprevi, o número de planos contratados chegou a 11,5 milhões, 4,13% maior em comparação aos 11,1 milhões de contratos existentes ao final do trimestre de 2009. A carteira de investimentos cresceu 25,76%, para R$ 191,6 bilhões em março deste ano.

O VGBL captou R$ 7,8 bilhões no primeiro trimestre do ano, com crescimento de 38,70%. O VGBL, que se popularizou por ser indicado ao investidor que não declara imposto pelo modelo completo, é um seguro de vida com caráter previdenciário por possuir cobertura por sobrevivência. O PGBL – produto de previdência adequado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda e que permite deduzir até 12% do montante a ser pago à Receita Federal – registrou captação de R$ 1,3 bilhão no trimestre, retração de 0,10%. A captação dos planos tradicionais apresentou queda de 0,42% no período com arrecadação de R$ 884,4 milhões. Os outros produtos de previdência (FAPI, PGRP e VGRP) captaram R$ 3,8 milhões no período (-8,83%).

Os planos individuais arrecadaram R$ 8,3 bilhões, crescimento de 34,73% na comparação aos R$ 6,1 bilhões captados no mesmo período do ano passado. Os planos empresariais, por sua vez, cresceram 17,95% com captação de R$ 1,4 bilhão na comparação com R$ 1,2 bilhão apurado no trimestre do ano anterior. Os planos para menores captaram R$ 334 milhões no período.

A Bradesco Vida e Previdência liderou o ranking de captação no primeiro trimestre de 2010, com 32,66% do total arrecadado, seguido pela BrasilPrev (19,89%), Itaú Vida e Previdência (19,42%), Caixa Vida & Previdência (9,25%), Santander Seguros (7,35%), HSBC Vida e Prev (4,84%), Safra Vida e Prev. (1,11%), Icatu Hartford (0,86%), Sul América (0,69%), Porto Seguro (0,57%). As demais seguradoras somam, no total, 3,36% da captação.

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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