Indenizações por catástrofes somam US$ 26 bi

terremoto11As catastrofes naturais e os desastres causados pelo homem causaram perdas econômicas de US$ 62 bilhões e de 15 mil vidas em 2009, segundo estudo divulgado ontem pela Sigma, divisão de estudos da Swiss Re. No início do ano o grupo havia publicado um resultado parcial e agora disponibiliza em seu site a pesquisa completa.

Do valor total de perdas, US$ 26 bilhões foram pagos pela indústria de seguros, sendo US$ 22 bilhões em indenizações por catástrofes naturais e US$ 4 bilhões em catástrofes feitas pelo homem, sendo os mais custosos os acidentes aéreos. A América do Norte foi a região que recebeu a maior parte das indenizações, com US$ 12,7 bilhões. Já a Ásia liderou em número de mortes, com 9,4 mil do total, e apenas US$ 2,4 bilhões em pagamentos de seguro.
Comparado com anos anterior, 2009 foi um ano de poucas perdas, com 133 catástrofes e 155 desastres causados pelo homem, com apenas seis eventos excedendo US$ 1 bilhão. O evento mais caro foi a tempestade Klaus, com perdas seguradas próximas de US$ 3,4 bilhões.

As mudanças climáticas têm causado uma grande volatilidade nas perdas geradas com catástrofes naturais e a tendência de um aumento significativo de eventos naturais. “Temos vistos eventos significativos em 2010, com a tempestade Xynthia na Europa e os terremotos no Haiti e Chile”, comentou Thomas Hess, economista chefe da Swiss Re. A perda recorde é de US$ 120 bilhões, com indenizações pagas em 2005. “Eu não me surpreenderei se este recorde for quebrado num futuro não muito distante”.

Segundo Hess, as maiores perdas são registradas em países menos desenvolvidos, com uma participação ínfima de seguro na vida da população. Já em países desenvolvidos, as indenizações ajudam o país a se recuperar mais rapidamente. “Governos e indústria de seguros têm se unido para desenvolver soluções para ajudar a criar uma maior estabilidade nos mercados emergentes, mas isso está só no começo”, disse. Estas soluções, como resseguro para catástrofes que também contam com emissão de títulos no mercado de capitais, têm fornecido ajuda financeira significativa para países como Chile e Haiti, por exemplo.

O estudo pode ser acessado no site www.swissre.com

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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