A Eqecat informou que as indenizações pelos danos do terremoto no Chile deverão ficar entre US$ 3 bilhões e US$ 8 bilhões, o que representaria entre 15% e 40% dos danos econômicos avaliados entre US$ 15 bilhões e US$ 30 bilhões. Este valor não causaria grande impacto no mercado de seguros, seja nas empresas ou no preço do produto.
Segundo informações da RMS, também especializada em danos por catástrofes, cerca de 90% das apólices no Chile têm cobertura para terremoto. Segundo divulgou o governo, mais de 1,5 milhão de casas sofreram sérios abalos.
A concorrente Air Worldwide estimou perdas econômicas de US$ 15 bilhões e apenas US$ 2 bilhões em indenizações das seguradoras. Além das perdas de vidas, das residências e das estradas, há prejuízos comerciais. O preço do cobre disparou ontem nas bolsas com o temor de que o Chile, responsável por 30% da produção mundial, tenha problemas com o fornecimento. Com o tsunami gerado pelo terremoto, containers que estavam no porto foram parar em cima de casas, há quarteirões de distância. O porto estimou danos em US$ 1 bilhão.
O Chile é o sexto maior mercado de seguros da América Latina, com prêmios anuais próximos de 5 bilhões de euros, o que representa quase 4% do PIB, sendo a maior parte referente a seguro de vida. Tem o segundo maior índice de vendas entre a população, com prêmio per capita de € 270. No entanto, a cobertura para danos causados por terremoto é cara e boa parte da população acaba não compra. O país tem cerca de 50 seguradoras, sendo as 10 maiores donas de 60% das vendas.