Fitch mantém rating de companhias chilenas

catk8kgqca9fj5ofcahy30gtca5edg9xcabakxjoca6nbaurcaloqc3qcamy4dp9cancx8cgcap6nv3mcaccl6yfcadchov3cat6il8ucaqs1djgcax62dggcaynih82casiqwotcafihaeocaf0ebgoApesar das perdas elevadas que começam a se confirmar com o levantamento de apólices com cobertura para prejuízos causados por terromoto e por tsunami no Chile, a Fitch Ratings afirmou que acredita que o segmento de seguros patrimoniais do pais será capaz de absorver as perdas. No entanto, o volume previsto a ser pago pelas companhias representará boa parte da rentabilidade obtida em 2009. Este fato acabará por restringir a alavancagem das vendas em 2010, tendo como base as regras de capital ajustado ao risco.

Segundo a Fitch, tendo como base a estimativa de perdas seguradas entre US$ 2 bilhões e US$ 8 bilhões divulgadas pelas empresas especializadas em riscos de catástrofes, considerando-se o menor valor ele já é semelhante as reservas da indústria de seguros chilena, de US$ 1,3 bilhão, em setembro de 2009. Boa parte das perdas está ressegurada, ficando as seguradoras instaladas no Chile na dependência da antecipação de pagamentos pelas resseguradoras para atender a demanda de pedidos de indenizações, evitando assim a pressão sobre o fluxo de caixa das companhias ou até mesmo problemas de liquidez.

A Fitch comentou em seu estudo que as historicamente as resseguradoras têm honrado suas obrigações em tempo hábil, principalmente na ocorrência de grandes catástrofes. Tais perdas, acrescenta a agência, serão facilmente absorvida pelo mercado mundial mesmo com os prejuízos causados pelas grandes tempestades nos EUA e na Europa nas ultimas semanas.

A indústria de seguros chilena tem uma das regulamentações mais avançadas da América Latina e é um mercado muito concentrado na atuação de seguradoras estrangeiras. “As companhias de seguros, incluindo RSA, Mapfre, Chilena (Zurique Group), Liberty Mutual, Cardif, Chartis (ex-AIG) e Santander são importantes, enquanto as empresas locais compõem o restante da lista das 10 maiores companhias de seguros no país.

De acordo com a Fitch, pela forte concentração de apólices nas mãos de seguradoras estrangeiras, as matrizes darão suporte ao pagamento de indenizações, afastando qualquer perigo de falta de liquidez ou de desequilíbrio na composição das reservas técnicas. A agência informou que continuará monitorando o setor no Chile e fará comentários adicionais caso o seu ponto de vista, tanto para o mercado como para companhia, seja alterado.

A análise pode ser acessada no site www.fitchratings.com

Denise Bueno
Denise Buenohttp://www.sonhoseguro.com.br/
Denise Bueno sempre atuou na área de jornalismo econômico. Desde agosto de 2008 atua como jornalista freelancer, escrevendo matérias sobre finanças para cadernos especiais produzidos pelo jornal Valor Econômico, bem como para revistas como Época, Veja, Você S/A, Valor Financeiro, Valor 1000, Fiesp, ACSP, Revista de Seguros (CNSeg) entre outras publicações. É colunista do InfoMoney e do SindSeg-SP. Foi articulista da Revista Apólice. Escreveu artigos diariamente sobre seguros, resseguros, previdência e capitalização entre 1992 até agosto de 2008 para o jornal econômico Gazeta Mercantil. Recebeu, por 12 vezes, o prêmio de melhor jornalista de seguro em concursos diversos do setor e da grande mídia.

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