A Mapfre Seguros, subsidiária do maior grupo segurador da Espanha e sexto maior do Brasil, registrou lucro líquido de R$ 190 milhões em 2009, 10% acima do resultado do ano anterior. O lucro bruto chegou a R$ 364,4 milhões em 2009, alta de 29,4% se comparado ao ano anterior. O faturamento totalizou R$ 4,4 bilhões, alta de 19,8%. O resultado da subsidiária brasileira foi comentado no balanço mundial do grupo por apresentar forte expansão e também pela importante parceria anunciada com o Banco do Brasil para venda de seguro gerais, ainda sem previsão para ser finalizada.
Os ativos totais consolidados cresceram 18%, para R$ 7,1 bilhões, e o patrimônio líquido evoluiu 9,1%, para R$ 1,6 bilhão. As provisões técnicas de seguros e previdência complementar cresceram 19,1%, encerrando 2009 com R$ 4,2 bilhões. O índice de sinistralidade geral apresentou ligeira alta, encerrando o ano com 53,8%. O índice combinado ficou estável em 97,5%. Para compensar os dois indicadores, a seguradora buscou otimizar seus custos, obtendo redução de 10,8% no índice de despesa administrativa, para 10,4% dos prêmios ganhos.
Para Antonio Cássio dos Santos, presidente do grupo Mapfre no Brasil, apesar dos percalços da crise financeira o resultado da companhia superou as expectativas graças a maior penetração de seguros em regiões rentáveis e que ficaram livres dos prejuízos causados pelas chuvas.
O impacto maior do cenário de 2009 na indústria de seguros foi sentido, principalmente, na carteira de transportes, com o aumento do índice de roubo, e também do seguro de crédito interno, em decorrência da inadimplência de empresas. “O país também foi afetado por fenômenos climáticos que resultaram num incremento de sinistros nas carteiras de auto e residencial nas regiões Sudeste e Sul”, comenta na nota divulgada.